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OUTRO LADO
Ministério diz que escola não é único objetivo
DA SUCURSAL DO RIO
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome comentou a pesquisa, por
meio de sua assessoria de imprensa, e disse que a Pnad de
2003 não deve ser usada para
avaliar o programa, já que a
pesquisa foi feita em outubro
do ano passado, mês em que o
programa foi lançado. O Bolsa-Família unificou vários programas do governo federal, entre
eles, o Bolsa-Escola.
Ainda segundo a assessoria
de imprensa do ministério, os
programas de transferência de
renda não têm como objetivo
único apenas colocar as crianças na escola, mas pretendem
também erradicar a pobreza,
garantindo proteção integral
ao grupo familiar.
Para o ministério, um dos
motivos da elevada taxa de
atendimento das crianças de 7
a 13 anos é que as políticas educacionais, nos últimos anos, tiveram como ênfase o ensino
fundamental, por meio de
ações como o Fundef, o que levou os municípios a ampliarem mais o acesso a esse nível
de ensino, enquanto o aumento da oferta de vagas para a
educação infantil (de 0 a 6
anos) ficou abaixo da necessidade dessa população.
O ministério argumenta ainda que foi acertada a decisão do
governo de criar o Bolsa-Família porque o novo programa
unificou todos os programas
de transferência de renda até
então existentes e garantiu,
com isso, o benefício a todas as
faixas etárias, e não mais direcionado a um grupo etário específico, beneficiando, assim, o
público de zero a seis anos.
O Bolsa-Família, segundo o
ministério, já atende 44,6% das
famílias pobres (com renda até
R$ 100 per capita) do país. No
Estado de São Paulo, o índice
de cobertura do programa seria de 47,4%. No Rio, o índice
de cobertura seria de 25,9%.
Esses percentuais não seriam
os menores do País, segundo os
dados do ministério.
Em setembro deste ano, o
programa atendeu 5.035.660
famílias, com o repasse de R$
346,7 milhões. Os principais
programas unificados para gerar o Bolsa Família foram o
Bolsa Escola, o Bolsa-Alimentação, o Cartão Alimentação e
o Auxílio Gás.
Ainda há famílias que recebem por esses programas e ainda não migraram para o Bolsa-Família. O repasse mensal desses quatro programas seria de
R$ 194,7 milhões.
O Bolsa-Família transfere para famílias com renda per capita mensal de até R$ 50 um benefício básico de R$ 50, além de
um valor variável de R$ 15 por
filho de até 15 anos, por gestante ou por nutriz -mulher em
fase de amamentação-, até o
limite de R$ 45. As famílias
com renda de R$ 51 a R$ 100 recebem apenas o benefício variável, de acordo com a composição familiar, também com o
limite de R$ 45.
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