São Paulo, segunda-feira, 18 de outubro de 2004

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Rio e São Paulo apresentam a maior distorção

DA SUCURSAL DO RIO

Os Estados do Rio e de São Paulo têm a menor proporção de beneficiados por programas sociais voltados para a educação entre os 20% mais pobres. Em todo o Brasil, 33% das famílias que estão entre as 20% mais pobres recebiam esse tipo de benefício. No Rio, essa porcentagem é de 15,3% e, em São Paulo, de 17,6%, mostra o estudo de Simon Schwartzman.
Quando se leva em conta as regiões metropolitanas, a proporção de beneficiados é ainda menor. No caso das regiões do Rio e de São Paulo, a porcentagem cai, respectivamente, para 6,1% e 8,6%. As maiores proporções nessas regiões são encontradas em Fortaleza e Salvador -24,4% e 22,7%, respectivamente.
No caso do Rio, há o agravante de que esses programas estão mal focalizados do ponto de vista da renda dos que são beneficiados. "O Rio aparece como a situação mais aberrante. Os recipientes de bolsas de educação neste Estado têm uma renda familiar per capita média de R$ 193 reais por mês, em contraste com a média nacional de R$ 110", diz Schwartzman.
Outro fato que chama a atenção nos números do Rio é que a renda média dos que em 2003 estavam inscritos (mas não eram beneficiados) era de R$ 122 (37% menor do que a renda dos que já recebiam o benefício). Isso indica que a escolha dos que foram beneficiados até 2003 não privilegiou os mais pobres entre os pobres.


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