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Rio e São Paulo apresentam a maior distorção
DA SUCURSAL DO RIO
Os Estados do Rio e de São Paulo têm a menor proporção de beneficiados por programas sociais
voltados para a educação entre os
20% mais pobres. Em todo o Brasil, 33% das famílias que estão entre as 20% mais pobres recebiam
esse tipo de benefício. No Rio, essa porcentagem é de 15,3% e, em
São Paulo, de 17,6%, mostra o estudo de Simon Schwartzman.
Quando se leva em conta as regiões metropolitanas, a proporção de beneficiados é ainda menor. No caso das regiões do Rio e
de São Paulo, a porcentagem cai,
respectivamente, para 6,1% e
8,6%. As maiores proporções nessas regiões são encontradas em
Fortaleza e Salvador -24,4% e
22,7%, respectivamente.
No caso do Rio, há o agravante
de que esses programas estão mal
focalizados do ponto de vista da
renda dos que são beneficiados.
"O Rio aparece como a situação
mais aberrante. Os recipientes de
bolsas de educação neste Estado
têm uma renda familiar per capita
média de R$ 193 reais por mês, em
contraste com a média nacional
de R$ 110", diz Schwartzman.
Outro fato que chama a atenção
nos números do Rio é que a renda
média dos que em 2003 estavam
inscritos (mas não eram beneficiados) era de R$ 122 (37% menor
do que a renda dos que já recebiam o benefício). Isso indica que
a escolha dos que foram beneficiados até 2003 não privilegiou os
mais pobres entre os pobres.
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