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Vice do PDT responde a ações de improbidade
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Oito ações por improbidade
administrativa e dois processos
por suspeita de licitação fraudulenta tramitando na área criminal colocaram o candidato a
vice de Osmar Dias (PDT), Derli Donin (PP), no centro do fogo
cruzado nesta fase da disputa
ao governo do Paraná.
As acusações do Ministério
Público do Estado contra o ex-prefeito de Toledo (cidade do
sudoeste, a 537 km de Curitiba)
por dois mandatos (1997-2000/2001-2004) são exploradas pelo programa de propaganda política do adversário, o
governador licenciado Roberto
Requião (PMDB).
Em ao menos um dos casos,
de indiciamento por suspeita
de licitação dirigida, a denúncia
contra Donin foi recebida pela
Justiça de primeira instância
criminal.
Donin só se defendeu em
dois processos até o momento.
Cinco deles correm em segredo
de Justiça, por envolver quebra
de sigilos bancário e fiscal dos
investigados.
O ex-prefeito é acusado de
beneficiar empresas de parentes e fornecedores com cadastro suspenso driblando a lei por
meio de triangulação.
Somados, os atos de improbidade em que o ex-prefeito figura como réu são estimados em
R$ 10 milhões. Seus bens chegaram a ficar indisponíveis
neste ano, mas a Justiça já os liberou.
Um ato de suposta improbidade envolve R$ 5 milhões. Refere-se à contratação, em janeiro de 1997, do jornal Integração
do Oeste Ltda. como veículo
oficial de divulgação de atos da
prefeitura.
No período de três anos, a razão social do jornal passou por
cinco modificações para, segundo o Ministério Público, zerar pendências e voltar a prestar serviços à prefeitura. Dois
anos antes de assumir o cargo,
Donin figurava entre os sócios
da editora.
Um segundo indiciamento
por triangulação fraudulenta se
refere ao fornecimento de merenda escolar, no período de
1998 a 2002, envolvendo R$ 2,2
milhões.
Um dos sócios do supermercado Trento Brandalize, suspenso do cadastro de fornecedores por débito tributário, cria
a Castelo Comércio de Alimentos e permite que o supermercado mantenha o fornecimento
indireto de alimentos.
Osmar Dias disse que não sabia das acusações contra o seu
vice quando compôs a chapa
para a eleição. Afirma acreditar
que a maioria é resultado de
""acusações sem consistência de
adversários" do ex-prefeito e
diz que Donin deve responder
por ações eventualmente confirmadas.
Ele reclama que o governador licenciado Roberto Requião explora a situação de seu
vice, "quando ele [Requião]
tem uns 200 processos iguais".
Outro lado
Donin disse à Folha que em
nenhum dos casos é denunciado por apropriação de recursos
públicos. "O que se discute são
atos administrativos e eu sempre me respaldei pelo [departamento] jurídico." Disse ainda
que provará inocência quando
puder se defender na Justiça.
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