São Paulo, quinta-feira, 18 de novembro de 2004

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Reforma política causa divergência entre os presidentes do PT e do PL

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A divergência entre os presidentes do PT e do PL sobre a reforma política marcou ontem a audiência pública realizada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados. O primeiro defende a prioridade da discussão do projeto de lei em 2005; já o segundo não está de acordo com a maior parte do texto em tramitação, e o partido deve obstruir as votações.
A CCJ promoveu ontem um debate entre presidentes de partidos sobre a reforma. O único tema de consenso foi a aprovação da fidelidade partidária, que obriga os parlamentares a ficar em uma mesma sigla por um período de três anos contados das eleições.
O relatório da comissão, apresentado pelo deputado Rubens Otoni (PT-GO) na última semana, trata do financiamento público das campanhas eleitorais, da votação em listas fechadas -eleitor vota no partido, que define previamente uma lista de candidatos para as vagas-, e do fim das coligações entre partidos para as eleições de deputados federais, estaduais e vereadores.
José Genoino, presidente nacional do PT, afirmou que é a favor do financiamento público, do sistema de votação em lista fechada e da fidelidade partidária.
O presidente nacional do PL, Waldemar Costa Neto, porém, disse que a população não tem preparo político para votar em um sistema de lista fechada. Além disso, afirmou que os eleitores ficarão revoltados com o financiamento público de campanha.

Plebiscito
O presidente do PC do B, Renato Rabelo, defendeu ontem, em entrevista, a proposta da OAB de criar a iniciativa popular para os plebiscitos e de permitir que haja a consulta da popular sobre temas relevantes como a venda de estatais e ratificação de acordos internacionais. Já o líder do PFL na Câmara, José Carlos Aleluia, disse que "não é o momento para essa discussão". "Os mecanismos existem. Não precisamos criar novos. Só temos que utilizar esses instrumentos para garantir a participação popular". (LUIS RENATO STRAUSS)


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