da Redação

O ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, ofereceu um "prêmio" para quem lhe fornecer informações sobre o caso das conversas suas gravadas por meio de grampo telefônico.
A oferta do ministro foi feita em entrevista ao jornal "Bom Dia Brasil", da Rede Globo.
"Eu estou disposto até a dar prêmio para as informações que vierem a ser trazidas em relação a esse caso. Porque essa briga ficou uma briga muito pessoal. Certo? Porque está envolvida a minha honra, pessoa física como você falou, mas está envolvida também toda a honra do processo de privatização brasileiro", disse à repórter.
Em conversas grampeadas, o ministro e o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), André Lara Resende, estimulam a participação do banco Opportunity no leilão da Telebrás.
O diálogo dos dois foi interpretado pela oposição como prova de que o processo de privatizações do atual governo foi fraudulento.
O ministro afirmou que consultará seu advogado antes de oferecer a recompensa devido às limitações de seu cargo.
"Evidentemente essa separação entre pessoa física, indivíduo e o ministro não é total. E eu como ministro tenho algumas limitações que eu não teria como pessoa física e isso eu preciso discutir com meu advogado."
Mendonça de Barros disse que teve uma carreira "exitosa" e deu a entender que usará dinheiro próprio em troca das informações.
"Felizmente, antes de vir para o governo, eu trabalhei durante 30 anos. Tenho uma carreira que eu posso dizer "exitosa' que me permitiu acumular um certo patrimônio", afirmou.
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Ministério da Produção
O ministro das Comunicações também comentou a possibilidade de vir a ocupar o Ministério da Produção, cuja criação ainda está em estudo.
Antes do caso do grampo telefônico, ele era o principal candidato ao posto. "Essa questão do Ministério da Produção que se coloca é uma questão que cabe ao presidente (FHC) resolver", disse.



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