São Paulo, quarta, 18 de novembro de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice REAÇÃO Governador não faz defesa de seu irmão "Picaretas' estão por trás, diz Tasso
da Sucursal de Brasília O governador Tasso Jereissati (PSDB-CE) não defendeu seu irmão, o empresário Carlos Jereissati, apontado pelo ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros (Comunicações) como o principal interessado na divulgação de conversas grampeadas durante a privatização do Sistema Telebrás. "Não tenho nada com o ministro nem com o meu irmão", disse o governador ao sair do Ministério do Planejamento, ontem. Tasso e Carlos Jereissati estão rompidos. Carlos Jereissati é representante do grupo La Fonte, integrante do consórcio que comprou a Tele Norte Leste (Telemar), controladora de 16 empresas de telefonia fixa, incluindo a Telerj, a Telebahia e a Telemig. Tasso disse que "picaretas conhecidos de toda a sociedade e políticos insatisfeitos" estão por trás do episódio que envolve o presidente Fernando Henrique Cardoso com uma suposta conta bancária em paraíso fiscal. "Veja de onde estão vindo essas coisas: dos que estão insatisfeitos. Quem tentou levar essas provas ou é picareta conhecido de toda a sociedade ou político insatisfeito", afirmou. Tasso identificou o ex-presidente Fernando Collor, o ex-prefeito Paulo Maluf e o ex-presidente do Banco do Brasil Lafaiete Coutinho. Em resposta a Tasso, o ex-presidente Collor disse que Tasso deveria explicar "qual a participação de sua família no leilão da Telebrás". "Isso não está esclarecido", afirmou. Para Tasso, neste momento, não há necessidade de criação de CPI para apurar os dois episódios: o grampo telefônico e a suposta conta de FHC em paraíso fiscal. "A Polícia Federal e o Ministério Público são capazes de fazer isso (investigar)", disse. O governador afirmou que uma CPI só deve ser criada "se houver algum documento realmente concreto". Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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