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"REPÚBLICA DE ALAGOAS"
Assessores e amigos do ex-presidente Fernando Collor se unem para atacar políticos tucanos
"Colloridos" montam rede sobre dossiê
XICO SÁ
da Reportagem Local
O ex-presidente do Banco
do Brasil Lafaiete Coutinho e o
ex-presidente
Fernando Collor
(1990-92) negam qualquer
envolvimento no caso, mas uma
rede de amigos, assessores e ex-colaboradores "colloridos" empenha-se diariamente em divulgar
supostas novas informações sobre
o "Dossiê Caribe".
Além de procurar políticos e jornalistas para espalhar as suas versões, os "colloridos" publicam na
"Gazeta de Alagoas", jornal da família de Collor, notas que afirmam, sem ressalvas, que a CH, J &
T foi aberta pelo ministro Sérgio
Motta (Comunicações), morto em
abril deste ano.
A empresa, localizada no paraíso
fiscal das Ilhas Cayman, segundo o
dossiê de documentos de autenticidade não comprovada, pertenceria a Motta, ao presidente Fernando Henrique Cardoso, ao ministro
José Serra (Saúde) e ao governador
reeleito do Estado de São Paulo,
Mário Covas.
Segundo o ex-porta voz da Presidência Cláudio Humberto (governo Collor), em nota que publicou
na edição de ontem do jornal do
ex-presidente Collor, a CH, J & T
funciona como um banco de investimentos.
O ex-porta-voz da Presidência,
que mantém uma coluna diária no
jornal, é o mais atuante da chamada "tropa collorida". Para fazer o
seu serviço, conta também com a
colaboração, segundo apurou a
Folha, do próprio ex-presidente,
que prefere negar qualquer envolvimento.
²
Conexão com Maluf
No seu trabalho, a equipe aliada a
Collor tem recorrido também a informações que tiveram como origem, no passado, o ex-prefeito
Paulo Maluf (PPB), como a vinculação do nome de Sérgio Motta
com o do empresário José Amaro
Pinto Ramos.
Maluf, que deve ser ouvido pela
Polícia Federal sobre o caso do
dossiê, costumava chamar o ministro de "Sérgio Pinto Ramos
Motta", insinuando que os dois
mantinham uma sociedade.
O empresário é dono da Epcint,
uma empresa de São Paulo especializada em obter financiamentos
no exterior para projetos brasileiros na área de energia elétrica.
"Pode assumir papel importante
nas investigações do Esquema Serjão o cidadão luso-brasileiro José
Amaro Pinto Ramos", relatou a
"Gazeta de Alagoas", em nota.
O empresário disse à Folha que o
jornal alagoano estava mal informado. "Eles (aliados de Collor)
querem me atribuir o papel de guru de contas no exterior, mas infelizmente não é esse o meu serviço",
ironizou Pinto Ramos.
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