São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

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Oposição fecha com Temer, que enfrentará 3 adversários

No Senado, PMDB lança Garibaldi Alves, mas não descarta apoio a outro nome

"O mais importante é que o PMDB quer ter candidato... Se puder ser o Garibaldi, ótimo. Se não puder, tem outros", diz Renan Calheiros


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os principais partidos de oposição -DEM, PSDB E PPS- oficializaram ontem na Câmara dos Deputados o apoio à candidatura do deputado Michel Temer (PMDB-SP) à presidência da Casa. O peemedebista disse que, com isso, já conta com o apoio de dez partidos políticos, incluindo o PT.
"As atribuições do presidente nacional do PMDB para assumir o comando da Casa são inúmeras: sua experiência política, a formação jurídica como constitucionalista, o reconhecido respeito da sociedade e de seus pares. Pesa também o período de quatro anos do parlamentar à frente da Câmara dos Deputados, entre 1997 e 2000", afirma a nota dos três líderes.
Na mesma hora ocorreu o anúncio de três candidatos que devem concorrer com Temer: Aldo Rebelo (PC do B-SP), Ciro Nogueira (PP-PI) e Milton Monti (PR-SP). O lançamento conjunto tem como objetivo levar o pleito -no início de fevereiro- ao segundo turno.
O apoio tanto do PT quanto da oposição a Temer é motivado pela disputa à Presidência em 2010: governo e oposição disputam o apoio do PMDB, que é presidido por Temer.

Senado
Cercada de incertezas jurídicas, a candidatura à reeleição do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), obteve ontem o aval da bancada do PMDB na Casa. Os peemedebistas anunciaram que a decisão dos 17 presentes foi unânime, mas o racha na bancada ficou explícito horas depois.
Garibaldi levou aos colegas três pareceres jurídicos atestando a legalidade de sua intenção. Há outro sendo feito pelo ex-presidente do STF Maurício Correia. "O mais importante é que o PMDB quer ter um candidato. O Garibaldi pediu se teria o apoio da bancada, e ele terá. A decisão sobre a constitucionalidade da candidatura não é da bancada. Se puder ser o Garibaldi, ótimo. Se não puder, tem outros", afirmou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
A Constituição proíbe a reeleição ao cargo na mesma legislatura. Garibaldi alega que está cumprindo só um "mandato tampão", já que foi eleito após a renúncia de Renan. Nos bastidores avalia-se que nada garante sua candidatura. Além da questão jurídica, seguem as pressões para que José Sarney (PMDB-AP) aceite concorrer.


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