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Oposição fecha com Temer, que enfrentará 3 adversários
No Senado, PMDB lança Garibaldi Alves, mas não descarta apoio a outro nome
"O mais importante é que o PMDB quer ter candidato... Se puder ser o Garibaldi, ótimo. Se não puder, tem outros", diz Renan Calheiros
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os principais partidos de
oposição -DEM, PSDB E
PPS- oficializaram ontem na
Câmara dos Deputados o apoio
à candidatura do deputado Michel Temer (PMDB-SP) à presidência da Casa. O peemedebista disse que, com isso, já
conta com o apoio de dez partidos políticos, incluindo o PT.
"As atribuições do presidente nacional do PMDB para assumir o comando da Casa são
inúmeras: sua experiência política, a formação jurídica como
constitucionalista, o reconhecido respeito da sociedade e de
seus pares. Pesa também o período de quatro anos do parlamentar à frente da Câmara dos
Deputados, entre 1997 e 2000",
afirma a nota dos três líderes.
Na mesma hora ocorreu o
anúncio de três candidatos que
devem concorrer com Temer:
Aldo Rebelo (PC do B-SP), Ciro
Nogueira (PP-PI) e Milton
Monti (PR-SP). O lançamento
conjunto tem como objetivo levar o pleito -no início de fevereiro- ao segundo turno.
O apoio tanto do PT quanto
da oposição a Temer é motivado pela disputa à Presidência
em 2010: governo e oposição
disputam o apoio do PMDB,
que é presidido por Temer.
Senado
Cercada de incertezas jurídicas, a candidatura à reeleição
do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), obteve ontem o aval da bancada do
PMDB na Casa. Os peemedebistas anunciaram que a decisão dos 17 presentes foi unânime, mas o racha na bancada ficou explícito horas depois.
Garibaldi levou aos colegas
três pareceres jurídicos atestando a legalidade de sua intenção. Há outro sendo feito pelo
ex-presidente do STF Maurício
Correia. "O mais importante é
que o PMDB quer ter um candidato. O Garibaldi pediu se teria
o apoio da bancada, e ele terá. A
decisão sobre a constitucionalidade da candidatura não é da
bancada. Se puder ser o Garibaldi, ótimo. Se não puder, tem
outros", afirmou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
A Constituição proíbe a reeleição ao cargo na mesma legislatura. Garibaldi alega que está
cumprindo só um "mandato
tampão", já que foi eleito após a
renúncia de Renan. Nos bastidores avalia-se que nada garante sua candidatura. Além da
questão jurídica, seguem as
pressões para que José Sarney
(PMDB-AP) aceite concorrer.
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