São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 2003 |
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PT e PFL divergem já na 1ª sessão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A primeira sessão da Câmara, realizada na tarde e noite de ontem, foi marcada pelos debates sobre a possível instalação de uma CPI do grampo e por divergências entre governistas e oposição sobre as reformas que o Congresso analisará nos próximos meses. O presidente da Casa, João Paulo Cunha (PT-SP), fez um discurso de abertura em que anunciou a criação de comissões especiais para analisar as reformas e em que condenou o possível ataque dos Estados Unidos ao Iraque. Minutos depois, foi rebatido pelos pefelistas cearenses José Carlos Aleluia, líder da bancada do PFL, e Moroni Torgan. Aleluia disse que as comissões demonstrariam que o governo não tem propostas para as reformas. "É necessário que os membros do partido do governo enxerguem que precisam ter um comportamento construtivo." Torgan criticou o fato de João Paulo ter deixado de fora das comissões a segurança pública, que constava da idéia original apresentada por Inocêncio Oliveira (PFL-PE). Segundo Torgan, o Congresso teria que virar os olhos para a "guerra urbana" interna. Em resposta, João Paulo disse que o Legislativo não ficará esperando pratos feitos do Executivo. "Não teremos saudade de quando o Legislativo andava na garupa do Executivo para fazer o debate. Nós o faremos para valer." Aldo Rebelo (PC do B-SP), líder do governo, disse da tribuna que não tratará a oposição como teria sido tratado nas legislaturas passadas, quando era oposicionista. O PSDB anunciou que defenderá a abertura da CPI caso fique provado o envolvimento de um parlamentar. Nelson Pellegrino (PT-BA), líder do PT na Câmara e um dos atingidos pelo grampo, voltou a dizer que o partido e o governo não vão passar por cima de irregularidades, resultem elas em CPI ou não. (RANIER BRAGON) Texto Anterior: Dividido, PT adia debate sobre questão Próximo Texto: PFL acusa governo federal de "fugir à responsabilidade" Índice |
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