UOL

São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PFL acusa governo federal de "fugir à responsabilidade"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em sua estréia como oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), acusou o Planalto de "manobras de esvaziamento do Poder Legislativo" e de fugir às responsabilidades na promoção das reformas previdenciária e tributária.
Em discurso no Senado, Bornhausen afirmou que o governo ainda não apresentou o modelo de reformas ou porque "não tem projetos" ou porque "pretende fugir às responsabilidades, escondendo-se atrás de um conselho que ele mesmo escolheu para depois dizer que "as maldades necessárias" nasceram das idéias dos ilustres conselheiros e não do governo e seu partido".
Segundo o pefelista, o foro adequado para a discussão das reformas é o Congresso e ele considera uma "ação temerária" do governo Lula não enviar logo suas propostas. "É hora de aproveitar a trégua, ela pode esvair-se rapidamente e com ela irão os três quintos necessários à aprovação das reformas constitucionais", disse.
Entre as críticas ao governo, disse que Lula e o PT demonstraram "falta de preocupação com o corte de gastos públicos ao criarem ministérios e secretarias, destinadas, em sua grande maioria, a atender "companheiros" derrotados nas urnas, não importando as suas qualificações e habilitações".
O discurso do dirigente pefelista provocou comentário irônico do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP). "Senti uma grande realização política de ver o senador Bornhausen, uma única vez na vida, na oposição." O petista respondeu a Bornhausen com críticas ao governo FHC, que foi apoiado pelo PFL durante sete dos oito anos de gestão.


Texto Anterior: PT e PFL divergem já na 1ª sessão
Próximo Texto: Decreto amplia poder de Dirceu
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.