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PFL acusa governo federal de "fugir à responsabilidade"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em sua estréia como oposição ao governo de Luiz Inácio
Lula da Silva, o presidente do
PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), acusou o Planalto de
"manobras de esvaziamento
do Poder Legislativo" e de fugir
às responsabilidades na promoção das reformas previdenciária e tributária.
Em discurso no Senado, Bornhausen afirmou que o governo ainda não apresentou o modelo de reformas ou porque
"não tem projetos" ou porque
"pretende fugir às responsabilidades, escondendo-se atrás
de um conselho que ele mesmo
escolheu para depois dizer que
"as maldades necessárias" nasceram das idéias dos ilustres
conselheiros e não do governo
e seu partido".
Segundo o pefelista, o foro
adequado para a discussão das
reformas é o Congresso e ele
considera uma "ação temerária" do governo Lula não enviar logo suas propostas. "É hora de aproveitar a trégua, ela
pode esvair-se rapidamente e
com ela irão os três quintos necessários à aprovação das reformas constitucionais", disse.
Entre as críticas ao governo,
disse que Lula e o PT demonstraram "falta de preocupação
com o corte de gastos públicos
ao criarem ministérios e secretarias, destinadas, em sua grande maioria, a atender "companheiros" derrotados nas urnas,
não importando as suas qualificações e habilitações".
O discurso do dirigente pefelista provocou comentário irônico do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP). "Senti uma grande realização política de ver o senador
Bornhausen, uma única vez na
vida, na oposição." O petista
respondeu a Bornhausen com
críticas ao governo FHC, que
foi apoiado pelo PFL durante
sete dos oito anos de gestão.
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