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OUTRO LADO
Ex-presidente diz que matriz não fazia controle
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O presidente do Banestado
no período de dezembro de
1995 a junho de 1997, Domingos Tarso Murta Ramalho, 62,
afirmou à Folha que a matriz
de Curitiba não fazia acompanhamento do cotidiano da
agência de Nova York.
"Como é que o presidente do
banco, em Curitiba, poderia
controlar os gerentes de Nova
York?", questionou.
O ex-presidente disse que a
agência de Nova York estava
mais afeta à mesa de operação
de câmbio do banco.
Funcionário aposentado do
Banco Central, Murta Ramalho
nega omissão à frente do Banestado.
"No período em que estive na
presidência, abri 50 processos
administrativos contra gerentes por várias irregularidades;
isso não é ser omisso."
Ele disse não recordar se os
gerentes da agência de Nova
York estavam nessa lista.
Segundo Murta Ramalho, em
1996 e 1997 não se ouvia falar de
lavagem de dinheiro por bancos oficiais.
A intensificação das operações de remessas para o exterior por meio das contas CC-5,
segundo ele, teria decorrido da
mudança da política econômica brasileira.
Com a operação, os bancos
estariam buscando lucros num
período de inflação zero.
A Agência Folha tentou por
três vezes contato com o ex-vice presidente e diretor da área
internacional do banco, Aldo
de Almeida Júnior, mas ele não
deu entrevista.
Do início do governo de Jaime Lerner, em 1995, até a privatização do Banestado, em
2000, Almeida Júnior sobreviveu a todas as quedas de diretoria do banco. Foram quatro as
trocas no período.
Nos últimos dois anos, Almeida Júnior ocupou a vaga
paranaense da diretoria do
BRDE (Banco Regional do Desenvolvimento do Extremo
Sul), também por indicação do
ex-governador.
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