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CASO SILVEIRINHA
CPI recebeu relatório
Suspeitos receberam menos, diz secretaria
FERNANDA DA ESCÓSSIA
MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO
Documentos obtidos pela CPI
do Propinoduto na Secretaria da
Receita do Rio mostram que os
fiscais de renda acusados de corrupção receberam de cota-parte
(30% de participação nas multas
aplicadas) valores muito menores
que os declarados por eles.
Para os deputados, os fiscais
mentiram nos depoimentos prestados à CPI, na semana passada,
aumentando o valor da cota-parte como forma de justificar seus
depósitos bancários elevados.
De acordo com os documentos
da CPI, o fiscal Carlos Eduardo
Pereira Ramos recebeu, de 1992 a
1998, R$ 794.909, em valores históricos. Os valores de 1992, 1993 e
1994, segundo a CPI, foram atualizados pelo real de 1995.
À comissão, Ramos disse ter recebido de cota-parte R$ 1,3 milhão de 94 a 98. Em valores atualizados, isso daria R$ 4 milhões.
Pelos documentos da CPI, o ex-subsecretário Rodrigo Silveirinha
Corrêa, acusado de comandar o
esquema de corrupção, recebeu
de cota-parte apenas R$ 3.867,05.
No depoimento, o suspeito disse
que recebeu R$ 30 mil.
Os outros fiscais, Rômulo Gonçalves, Júlio César Nogueira e Lúcio Manoel Picanço, receberam,
de acordo com a CPI, R$
59.931,61, R$ 13.689,71 e R$
379,53. "No depoimento, Rômulo
e Picanço falaram em valores perto de R$ 90 mil e Júlio César, entre
R$ 30 mil e R$ 40 mil", disse Carlos Minc (PT). A Folha não localizou ontem à noite o advogado dos
acusados, Clóvis Sahione.
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