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RUMO A 2006
Em Novo Hamburgo, governador nega que concorrerá à Presidência, mas não descarta possível candidatura
Alckmin é recebido como candidato no RS
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), participou da campanha de seu correligionário Júlio Redecker para a
Prefeitura de Novo Hamburgo
(40 km de Porto Alegre) e foi recebido na cidade gaúcha como candidato tucano à Presidência da
República em 2006.
Durante o evento -em que havia um painel escrito "Alckmin, a
favor do Brasil", ao lado do número 45, do PSDB-, o governador paulista procurou fugir de
questionamentos a respeito da
sua postulação. Em nenhum momento, porém, negou que tenha
interesse na disputa.
"A eleição federal é no ano que
vem. Está muito longe ainda. No
momento ideal, o PSDB vai definir seu candidato. (...) Fiz uma
boa escola que foi com o governador Mário Covas", afirmou, deixando claro que não descarta participar da disputa.
O candidato tucano à prefeitura
deixou claro seu apoio formal ao
governador. "Quero ser o primeiro da fila a vê-lo comandando este
país", disse. A cidade terá nova
eleição para prefeito porque a de
outubro de 2004, vencida por Jair
Foscarini (PMDB), foi anulada e
uma nova foi marcada para o próximo dia 6. Os dois primeiros colocados na eleição tiveram a candidatura cassada pela Justiça.
Falando para 500 militantes e
exportadores de calçados (a base
da economia de Novo Hamburgo), Alckmin adotou discurso
eleitoral: "São Paulo deu um
exemplo de ajuste fiscal para o
Brasil, sem mandar a conta para o
contribuinte, reduzindo a carga
tributária e aumentando a capacidade financeira do Estado".
Em uma palestra sobre "redução de impostos para o desenvolvimento" na Fenac (Feira Nacional do Calçado), Alckmin destacou que reduziu a alíquota de 17%
para 12% no ICMS do calçado.
Novo Hamburgo é pólo exportador de calçados.
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