São Paulo, quinta-feira, 19 de abril de 2001

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Conselho tem 30 dias de prazo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado deverá concluir em cerca de 30 dias relatório dizendo se os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (PSDB-DF) feriram o decoro parlamentar no episódio da violação do sistema de votação.
A acusação contra eles é considerada tão grave pelos senadores que o conselho poderá propor ao plenário até a cassação dos seus mandatos. ACM voltou a negar qualquer envolvimento no caso e Arruda, ao contrário do que se esperava, não se afastou do cargo de líder do governo e ocupou a tribuna para se defender.
A situação de Arruda é considerada mais delicada. A ex-diretora do Prodasen (Centro de Informática e Processamento de Dados) Regina Célia Peres Borges disse ter recebido pedido pessoal de Arruda para que o sistema fosse violado, para permitir a revelação dos votos dados na cassação do então senador Luiz Estevão.
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), pretende pedir a quebra do sigilo telefônico da ex-diretora do Prodasen para confirmar se ela recebeu ou não telefonema de ACM.
O prazo de 30 dias para o relatório preliminar foi previsto pelo presidente do Conselho de Ética, Ramez Tebet (PMDB-MS), e pelo relator do caso, Saturnino Braga (PSB-RJ). A partir daí, será aberto prazo para a defesa dos dois. Depois disso é feito o relatório final, que vai à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e, depois, à votação do plenário.



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