São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

A PUNIÇÃO

Advertência verbal é pena mais leve a ser dada a um parlamentar; petista não se manifestou

Deputada da dança deve ser advertida

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A deputada federal Angela Guadagnin (PT-SP), famosa por ter dançado em plenário comemorando a absolvição do petista João Magno (MG), deve ser punida com uma advertência verbal pela Câmara dos Deputados. A oposição apelidou de "dança da pizza" o ato da petista.
A pena foi proposta ontem pelo corregedor-geral da Casa, Ciro Nogueira (PP-PI), e ainda precisa ser referendada pela Mesa Diretora, o que deve ocorrer na próxima semana.
A deputada não comentou o assunto nem revelou se pretende recorrer da decisão. A censura verbal, lida em sessão plenária, é a pena mais leve que se pode dar a um parlamentar -as outras, em grau crescente, são censura escrita, suspensão de prerrogativas parlamentares, suspensão do mandato e cassação.
Por causa do episódio, Angela foi afastada do Conselho de Ética, onde relatava o processo de cassação do ex-líder do PP José Janene (PR). Ontem, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou parecer que nega a pretensão de Janene de se aposentar por invalidez (ele sofre de doença cardíaca) e assim extinguir seu processo.
Segundo o entendimento da CCJ, a eventual concessão da aposentadoria não mudaria a situação jurídica do parlamentar, acusado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser um dos coordenadores da distribuição do mensalão.
Janene é um dos quatro parlamentares que ainda precisam ser julgados pelo plenário da Câmara. Hoje ocorrerá a votação do processo de cassação de mais um, o petista José Mentor (SP).

Mentor
Mentor é acusado de ter recebido R$ 120 mil do esquema do publicitário Marcos Valério, e teve a cassação pedida pelo conselho. Por isso, a tendência é de absolvição. Ele diz que recebeu o dinheiro por serviços de advocacia prestados e contabilizados.
O petista seria julgado na próxima semana, mas, apostando no baixo quórum na semana do feriado de Tiradentes, abriu mão do intervalo regimental de cinco sessões entre a votação no conselho e em plenário.
Ontem, o conselho arquivou o processo contra Onyx Lorenzoni (PFL-RS). Ele teve a cassação pedida pelo PT sob a acusação de ter vazado documentos sigilosos da CPI dos Correios para a imprensa. (FÁBIO ZANINI)

Texto Anterior: Eleições 2006/Regras do jogo: Congresso aprova lei que limita campanha eleitoral
Próximo Texto: Panorâmica - Marketing eleitoral: Anúncio do PT repete Lula e divulga dados imprecisos sobre gestão FHC
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.