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A PUNIÇÃO
Advertência verbal é pena mais leve a ser dada a um parlamentar; petista não se manifestou
Deputada da dança deve ser advertida
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A deputada federal Angela
Guadagnin (PT-SP), famosa por
ter dançado em plenário comemorando a absolvição do petista
João Magno (MG), deve ser punida com uma advertência verbal pela Câmara dos Deputados.
A oposição apelidou de "dança
da pizza" o ato da petista.
A pena foi proposta ontem pelo corregedor-geral da Casa, Ciro Nogueira (PP-PI), e ainda
precisa ser referendada pela Mesa Diretora, o que deve ocorrer
na próxima semana.
A deputada não comentou o
assunto nem revelou se pretende
recorrer da decisão. A censura
verbal, lida em sessão plenária, é
a pena mais leve que se pode dar
a um parlamentar -as outras,
em grau crescente, são censura
escrita, suspensão de prerrogativas parlamentares, suspensão
do mandato e cassação.
Por causa do episódio, Angela
foi afastada do Conselho de Ética, onde relatava o processo de
cassação do ex-líder do PP José
Janene (PR). Ontem, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou parecer
que nega a pretensão de Janene
de se aposentar por invalidez
(ele sofre de doença cardíaca) e
assim extinguir seu processo.
Segundo o entendimento da
CCJ, a eventual concessão da
aposentadoria não mudaria a situação jurídica do parlamentar,
acusado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser
um dos coordenadores da distribuição do mensalão.
Janene é um dos quatro parlamentares que ainda precisam
ser julgados pelo plenário da Câmara. Hoje ocorrerá a votação
do processo de cassação de mais
um, o petista José Mentor (SP).
Mentor
Mentor é acusado de ter recebido R$ 120 mil do esquema do
publicitário Marcos Valério, e
teve a cassação pedida pelo conselho. Por isso, a tendência é de
absolvição. Ele diz que recebeu o
dinheiro por serviços de advocacia prestados e contabilizados.
O petista seria julgado na próxima semana, mas, apostando
no baixo quórum na semana do
feriado de Tiradentes, abriu mão
do intervalo regimental de cinco
sessões entre a votação no conselho e em plenário.
Ontem, o conselho arquivou o
processo contra Onyx Lorenzoni (PFL-RS). Ele teve a cassação
pedida pelo PT sob a acusação
de ter vazado documentos sigilosos da CPI dos Correios para a
imprensa.
(FÁBIO ZANINI)
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