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Itamar nega ser instrumento do PT
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ex-presidente Itamar Franco
rebateu ontem as críticas de que
se lançou à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva apenas com o intuito de enfraquecer a pré-candidatura de Anthony Garotinho e
empurrar o PMDB para uma
aliança com o PT.
"É claro que minha pré-candidatura somada à dele reforça a
possibilidade de candidatura própria no PMDB. É uma questão de
aritmética, só quem não sabe somar não vê", afirmou Itamar,
após se reunir em Brasília com o
presidente do PMDB paulista,
Orestes Quércia, responsável por
lançá-lo na disputa.
Na reunião de ontem, ocorrida
na casa do ex-ministro da Casa
Civil de Itamar Henrique Hargreaves, os aliados do ex-presidente apresentaram uma planilha
dando conta de que 14 diretórios
regionais, que somam 61% dos
convencionais peemedebistas,
apoiariam a candidatura própria.
Hoje, Itamar, Garotinho, os presidentes regionais do PMDB e os
pré-candidatos do partido a governador se reúnem no Senado
para tirar uma posição sobre se o
partido terá ou não um nome para disputar a Presidência.
Parte da bancada estadual do
PMDB na Assembléia Legislativa
de Minas Gerais manifestou ontem desejo de cassar a candidatura ao Senado reservada pelo partido a Itamar, criticado por querer
"vôo solo" à Presidência, conforme discursou o líder da bancada,
Adalclever Lopes.
Lopes e o deputado Leonardo
Quintão discursaram com críticas
ao ex-presidente, que, segundo
eles, apresentou sua candidatura
"sem se justificar e sem apresentar nenhuma razão plausível".
Eles disseram expressar a vontade
da maioria dos nove deputados.
Além das críticas, eles afirmaram que a missão deles agora é
defender a candidatura de Garotinho e buscar outro peemedebista
para concorrer ao Senado.
Colaborou PAULO PEIXOTO, da Agência Folha, em Belo Horizonte
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