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Greve da Polícia Federal suspende depoimentos da Operação Hurricane
Alan Marques/Folha Imagem
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Em greve por reajuste salarial de 30%, policiais participam de caminhada entre a PF e a Esplanada dos Ministérios, em Brasília |
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A DIP (Diretoria de Inteligência Policial) da Polícia Federal, responsável pela investigação batizada de Operação
Hurricane (furacão em inglês),
aderiu ontem à greve da Polícia Federal em protesto pelo
reajuste salarial médio de 30%
para os policiais, conforme
acordo firmado com o governo
no ano passado.
Foi suspensa a coleta de depoimentos dos investigados,
que estão presos em Brasília.
Durante a manhã, a equipe
também interrompeu a análise de duas toneladas de documentos, objetos de valor e
equipamentos apreendidos
durante a operação policial da
última sexta-feira.
Ontem pela manhã, o diretor da DIP, delegado Renato
Porciúncula, participou da paralisação realizada em frente à
sede da PF. "A Diretoria de Inteligência está aqui presente
em solidariedade aos colegas.
É um movimento justo, porque o governo está deixando
de cumprir um compromisso
assinado", disse Porciúncula.
Questionado sobre a possibilidade de a paralisação prejudicar a investigação, ele respondeu: "Claro, principalmente se o movimento tiver continuidade. Os policiais esperam
ver seu trabalho reconhecido,
pois têm dado uma grande colaboração para combater o crime no país, a corrupção, muitas vezes arriscando suas próprias vidas".
À frente da investigação, o
delegado Emanuel Oliveira,
chefe da Divisão de Contra-Inteligência Policial, disse que
"não tem condições de manter
o pessoal lá em cima trabalhando, como em 2004". "Teve
policial que pediu até para sair
da "contra", porque não tinha
clima para continuar", disse.
Naquele ano, a PF fez greve
por mais de um mês, mas só
quase dois anos depois chegou
ao acordo de reajuste: 30% em
junho de 2006 e outros 30%
até dezembro".
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