São Paulo, sexta-feira, 19 de maio de 2006

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Tarso rejeita retirar críticas "institucionais"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um dia após a oposição ter pedido sua demissão e bloquear as votações no Congresso, o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse ontem que não recua de suas declarações e respondeu àqueles que, segundo ele, ultrapassaram os "limites necessários" de um debate político.
Anteontem, o petista disse que o governo de São Paulo "preferiu negociar com criminosos do que aceitar ajuda" federal depois dos ataques do PCC. Tucanos e pefelistas reagiram, obstruindo as votações no Senado até que o coordenador político se retrate.
Ontem, questionado se recuaria de suas declarações, Tarso afirmou: "Não recuo de nada. As minhas posições foram muito claras, respeitosas, institucionais. Não ataquei pessoalmente ninguém, então não há do que recuar. [...] Temos é que conversar agora e assumir funções e posições de pessoas de Estado", declarou.
Depois de um dia de discussões políticas em torno da violência, o ministro sugeriu uma trégua: "Agora temos de trabalhar a questão da segurança pública de maneira unitária".
Mas voltou a alfinetar a oposição: "Foi uma resposta da oposição que passou dos limites necessários para responder politicamente. [...] O debate começou na medida em que nós, do governo federal, detectamos uma espécie de transferência de responsabilidade. Isso não admitimos".
Cautelosos para evitar o carimbo de que a oposição estaria trancando o andamento de projetos, senadores foram mais amenos ontem e disseram que podem retomar as votações na próxima semana. Continuam, porém, criticando o ministro.
(EDUARDO SCOLESE, PEDRO DIAS LEITE E LUCIANA CONSTANTINO)


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