|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ROMBO AMAZÔNICO
Abrahão Patruni Jr. é autor de relatório que acusa Jader
Auditor do BC deve depor no Senado sobre Banpará
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O auditor fiscal do Banco Central responsável por relatório que
aponta envolvimento do presidente do Senado, Jader Barbalho
(PMDB-PA), em desvio de recursos no Banpará (Banco do Estado
do Pará) deverá ser convidado a
depor no Senado.
Os senadores Paulo Hartung
(PPS-ES) e Heloísa Helena (PT-AL) apresentaram ontem requerimento convidando Abrahão Patruni Júnior a depor na CFC (Comissão de Fiscalização e Controle). O requerimento precisa ser
aprovado pela comissão, o que
pode acontecer hoje.
""A situação de Jader se complica mais a cada dia", disse Hartung, líder do PPS. A Comissão de
Fiscalização Financeira e Controle da Câmara também analisa hoje se chama Patruni para depor.
O auditor consultará seus superiores no BC para decidir se atende o convite dos congressistas.
O PMDB não pretende se envolver com o problema do senador.
""Compete a ele [Jader" se defender", afirmou o senador Maguito
Vilela (GO), presidente do partido. Ele se reúne hoje com 27 diretórios estaduais e, segundo afirmou, o assunto não será tratado.
""Ele está sendo acusado por
questões de ordem particular e
não por fazer algo em nome do
PMDB. Por isso, o partido não
tem que se manifestar. Mas seremos solidários ao senador Jader
enquanto não for provado nada
contra ele", disse Maguito. ""A situação dele é constrangedora",
disse Ney Suassuna (PMDB-PB).
Hoje, parlamentares da oposição se reúnem, na casa de Hartung, para discutir a LDO (Lei de
Diretrizes Orçamentárias). Mas o
assunto principal deverá ser Jader. A oposição quer tomar uma
posição conjunta sobre o caso.
Telefonemas
Ontem, o ""Jornal do Brasil" publicou declarações de Patruni de
que está disposto a prestar esclarecimentos e de que seu relatório
não deixa dúvidas de que Jader e
familiares seus foram os beneficiários das aplicações do Banpará.
No fim de semana, a revista
""Veja" publicou que extratos telefônicos do empresário José Osmar Borges -acusado de desviar
mais de R$ 100 milhões da extinta
Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia)-
mostram que houve 18 ligações
entre ele e o senador durante três
meses de 1999 e dois de 2000.
Jader havia minimizado seu relacionamento com o empresário,
mas depois admitiu sociedade em
uma fazenda, desfeita em 98. Ontem, negou os telefonemas. ""Desconheço. Não sei do que se trata."
O senador disse estar ""acostumado com denúncias sem fundamento, que não se comprovam
nunca". Sua assessoria divulgou
uma nota que cita as reportagens
publicadas contra o senador e faz
comentários sobre elas. Ao final,
diz que os assuntos são explicados
na página de Jader na internet
(www.jaderbarbalho.com.br).
Texto Anterior: Painel Próximo Texto: Simon cogita afastar Jader e defende CPI Índice
|