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outro lado
Tesouro contesta TCU e afirma que conta é natural
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Secretaria do Tesouro
Nacional contesta o termo
"preocupante" usado pelo
Tribunal de Contas da União
para classificar o volume de
contas pendentes do governo. Os números, segundo o
Tesouro, são "uma decorrência natural" do fato de que
nem sempre o governo cumpre todas as etapas do gasto
no mesmo ano em que uma
despesa foi autorizada.
"É razoável que a administração pública possa utilizar
créditos consignados no Orçamento mesmo que o pagamento da despesa ocorra no
exercício seguinte, pois o
gasto está autorizado", disse
o Tesouro, pela assessoria do
Ministério da Fazenda.
O Tesouro Nacional se esquivou das perguntas sobre a
possibilidade de cancelamento de despesas de anos
anteriores. Disse apenas que
"o cancelamento significativo" de restos a pagar ocorreu
em 2003 e que "o montante
das despesas da lei Orçamentária de 2006 a ser inscrito
em restos a pagar ao final do
ano não deve ser superior ao
montante inscrito ao final do
exercício de 2005 [quando
atingiu R$ 39,5 bilhões]".
Segundo o TCU, o volume
acumulado de restos a pagar
não fere a Lei de Responsabilidade Fiscal (que proíbe, nos
dois últimos quadrimestres
de mandato, que sejam contraídos compromissos de
gastos sem que haja dinheiro
suficiente em caixa).
O relatório sobre as contas
da União de 2005 indica que
haveria dinheiro suficiente
para pagar as contas e registra saldo de R$ 242,6 milhões no caixa do governo.
Apesar do saldo alto, o
TCU alerta: "De fato, em decorrência dos contingenciamentos [bloqueios de gastos], parte dos recursos arrecadados não tem sido alocada a despesas para as quais
legalmente se destina. Nesses casos, as altas disponibilidades podem ser bastante
transitórias, servindo para
pagamentos que se efetivarão em um curto período de
tempo".
(MS)
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