São Paulo, segunda-feira, 19 de junho de 2006

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outro lado

Planam só se manifestará após perícia

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A advogada Laura Gisele Maia, que defende diretores da Planam em ação penal decorrente da Operação Sanguessuga, afirmou que seus clientes somente irão se manifestar sobre os papéis obtidos pela Folha após a realização de uma perícia técnica.
O deputado Coriolano Sales (PFL-BA) disse não ter conhecimento de ofício em seu nome elaborado pela Planam e enviado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Os deputados Feu Rosa (PP-ES) e João Correia (PMDB-AC) negaram qualquer envolvimento em irregularidades praticadas pela Planam.
Um assessor do gabinete da deputada Edna Macedo (PTB-SP) informou que ela tomou a iniciativa de suspender a tramitação da emenda que apresentou para o segmento de inclusão digital itinerante.
Em nome do deputado Júnior Betão (PL-AC), um assessor de nome Paulo afirmou que o parlamentar não tem nenhuma relação com a Planam.
Em nota, o deputado Paulo Baltazar (PSB-RJ) afirmou que "todos os documentos oficiais assinados pessoalmente por mim são produzidos por assessores de meu gabinete em Brasília e de meu gabinete regional em Volta Redonda, RJ". Também em nota, Jefferson Campos (PTB-RJ) negou relação com a Planam.
Informado sobre a reportagem, o deputado Maurício Rabelo (PL-TO) achou melhor aguardar e disse que ele "está com a consciência tranquila".
Não responderam aos recados deixados pela Folha em seus gabinetes os deputados Elaini Costa (PTB-RJ), Heleno Silva (PL-SE), Irapuan Teixeira (PP-SP), José Divino (PRB-RJ), Osmânio Pereira (PTB-MG), Reginaldo Germano (PP-BA) e Vieira Reis (PRB-RJ). O ex-deputado Ricardo Rique (PTB-MT), que exerceu mandato entre até março, não respondeu a recado deixado no gabinete que ocupava na Câmara.
A Folha não conseguiu localizar o deputado Nilton Capixaba (PTB-RO). Em nome de Raimundo Santos (PL-PA), um assessor que se identificou como Jackson disse desconhecer os ofícios e que as emendas apresentadas pelo parlamentar não foram empenhadas.
Segundo o assessor de João Mendes de Jesus (PSB-RJ), se o ofício não está assinado, então não pertence ao deputado.
O prefeito do município de Rolante, Pedro Luiz Rippel, disse que uma pessoa chamada Rodrigo se apresentou a ele com a proposta de conseguir verbas federais para um projeto de inclusão digital. O suposto técnico, que jamais teria citado o nome da Planam, cobrou uma comissão R$ 1.000, caso houvesse sucesso. "Mas não conseguimos nada. Ainda bem", disse Rippel.
André Cardoso Campos, prefeito de Pancas (ES), negou qualquer relação com a Planam.
Na tarde de sexta-feira, ninguém atendeu ao telefone no gabinete do deputado Fraga. O mesmo aconteceu com a prefeitura de Poconé (ES).


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