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TCE condenou diretor do Dnit a devolver dinheiro
Hideraldo Caron é citado em grampos da Navalha
SIMONE IGLESIAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Citado em conversas telefônicas por um preso na Operação Navalha, o diretor de Infra-Estrutura Rodoviária do Dnit
(Departamento Nacional de
Infra-Estrutura de Transportes), Hideraldo Caron, teve as
contas de sua gestão numa autarquia do Rio Grande do Sul
rejeitadas pelo TCE (Tribunal
de Contas do Estado) e foi condenado a devolver R$ 466,5 mil
aos cofres públicos.
Ele dirigiu o DAER (Departamento Autônomo de Estradas
de Rodagem), órgão do governo
estadual, durante gestão do petista Olívio Dutra (1999 a
2002), e enfrentou ações pela
suspeita de dispensa de licitação para obra rodoviária, nomeações irregulares, prorrogação de contratos sem licitação,
pagamento excessivo e em duplicidade de diárias e possível
favorecimento a empresas concessionárias de rodovias.
Caron foi descrito por Geraldo Magela Rocha, preso durante a Operação Navalha, como
peça fundamental no esquema.
"Hideraldo é o básico pra nós.
Pra nós, o Hideraldo é tudo",
disse Magela, em fala captada
por meio de escuta telefônica.
Em 2001, Caron foi condenado pelo TCE gaúcho por não
comprovar a necessidade de
dispensa de licitação para contratar uma empresa para construir um trecho de rodovia e
por contratar serviços por preços acima dos praticados pelo
mercado. O TCE aplicou multa
de R$ 1.500 e determinou a devolução de R$ 23,9 mil aos cofres públicos.
Em 2000, o montante a ser
devolvido foi de R$ 442 mil,
sendo R$ 154,5 mil referentes à
devolução por pagamento excessivo em locação de veículos.
Em 1999, Caron teve as contas rejeitadas por utilização de
diárias "em fins diversos dos legalmente estabelecidos", conforme processo do TCE. A multa aplicada foi de R$ 1.500, mais
a devolução de R$ 581,89.
Caron recorreu de todos os
processos. Dois deles foram
mantidos pelo TCE e um
aguarda julgamento de recurso.
Ele consta como devedor no cadastro do tribunal.
Cabe à direção do DAER e à
Procuradoria-Geral do Estado
executarem a cobrança.
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