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Fundo partidário pode ter pago Lula
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Delúbio Soares disse ontem que
os recursos que originaram a dívida de R$ 29,4 mil do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva com o PT
eram provavelmente originários
do fundo partidário, rubrica formada maioritariamente por recursos públicos e que representa
uma das principais fontes de financiamento dos partidos.
Questionado na CPI pelo deputado Júlio Redecker (PSDB-RS)
sobre se o "empréstimo ao presidente Lula foi feito via fundo partidário do PT", o ex-tesoureiro do
partido disse: "Deve ter sido".
Redecker considerou a informação grave: "Partidos políticos
não têm a função de banco, não
podem emprestar dinheiro, muito menos do fundo partidário".
A Lei Orgânica dos Partidos Políticos (9.096/95) diz que o fundo
partidário pode ser usado para
uma série de despesas, entre elas o
"pagamento de pessoal, a qualquer título", com limite de 25%
do valor recebido.
No balanço de 2002 do PT, o
empréstimo é justificado como
"adiantamento a empregados" e
"adiantamento a terceiros".
Delúbio, que se recusara a falar
sobre o assunto na CPI dos Correios, encampou ontem a versão
do presidente do Sebrae (Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Paulo Okamotto, que diz ter quitado o empréstimo em nome de Lula, já que
foi nomeado seu procurador para
negociar a rescisão do contrato do
presidente com o PT, em 2002.
A dívida foi paga em quatro parcelas em 2003 e 2004. Os depósitos
foram feitos na conta do PT no
Banco do Brasil em nome de Lula.
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