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RELIGIÃO
Entidade ultraconservadora católica promove campanhas no Brasil
Sem comunismo, TFP ataca aborto, TV e união civil gay
da Redação
Sem o chamado "perigo comunista", a TFP direciona suas
baterias hoje contra a defesa do
aborto, da união civil homossexual e contra o que classifica de
"imoralidades" da televisão.
Segundo seu diretor de imprensa, Paulo Corrêa de Brito Filho, as
principais campanhas que a TFP
promove atualmente são "O
Amanhã de Nossos Filhos", que
ataca os temas acima, e a estritamente religiosa "Vinde Nossa Senhora de Fátima, não tardeis".
A TFP foi fundada em 26 de julho de 1960, em São Paulo.
De inspiração ultraconservadora
católica, tem sedes espalhadas por
26 países, todas autônomas. No
Brasil são 72 sedes, todas com a
obrigação de cooperar com a causa "contra-revolucionária".
A utilização desse termo foi adotada pelo principal fundador e honorificamente presidente eterno
da entidade, o professor de história e advogado Plinio Corrêa de
Oliveira, morto em 95.
Em seu livro "Revolução e Contra-Revolução", obra-referência
sobre a filosofia da TFP, determina a conduta dos membros da sociedade em relação às revoluções
da sociedade.
O livro aponta como males da
sociedade moderna as seguintes
revoluções: a Renascença, a Reforma Protestante, a Revolução Francesa e a Revolução Russa.
Cabe ao teefepista, segundo Oliveira, combater todos os acontecimentos que possam ter advindo
desses momentos históricos.
História
A sede da TFP, na rua Martinico
Prado, no bairro de Santa Cecília,
em São Paulo, sofreu um atentado
na madrugada do dia 20 de junho
de 1969.
Uma bomba foi deixada na porta
da entidade e destruiu grande parte do prédio. Ainda hoje existe na
sede uma cadeira que fora atingida
pelos estilhaços da bomba para
manter os membros da entidade
alertas sobre o "perigo comunista".
A bomba atingiu também uma
imagem de Nossa Senhora da
Conceição, e, desde 1970, quando
terminou a reforma das instalações, membros da TFP se alternam em uma vigília permanente,
que vai das 18h até as 6h do dia
seguinte.
O prédio hoje serve de quartel-general das campanhas promovidas pela TFP, "O Amanhã de
Nossos Filhos" e "Vinde Nossa
Senhora de Fátima, não tardeis".
Imagem
Seus estandartes, o corte militar
do cabelo de seus divulgadores e
suas mansões onde vivem uma série de jovens, a maioria longe dos
pais, além de egressos descontentes e inúmeros desafetos, motivaram a disseminação de histórias
sobre práticas suspeitas por parte
da entidade.
"A TFP recruta seus membros
como todo mundo recruta todo
mundo, para qualquer coisa ",
conclui Brito Filho, para quem as
histórias de "lavagem cerebral"
não passam de "desinformação
esquerdista".
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