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TRABALHO
Para Clóvis Carvalho, problema não terá uma solução de curto prazo mas não se agravará em quatro anos
Governo descarta piora no desemprego
da Sucursal de Brasília
O ministro-chefe da Casa Civil,
Clóvis Carvalho, afirmou ontem
que o desemprego não vai se agravar em um eventual segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso.
"A nossa visão é que a situação
não irá se agravar", afirmou Carvalho, em resposta a questionamento sobre as perspectivas de
agravamento do desemprego nos
próximos anos.
"Não se resolverá (o desemprego) em curto prazo. Há problemas
estruturais e isso nos angustia e
mobiliza. A solução vai avançar
nos próximos quatro anos", disse
o ministro-chefe da Casa Civil.
Carvalho repetiu o que FHC vem
afirmando: que não há uma solução pronta para combater o desemprego no país.
Como a inflação
Segundo o presidente, o governo
não trabalha com a hipótese de
"solução mágica" e sim com a
mesma estratégia utilizada no
controle da inflação. "Sabemos
qual é o caminho", afirmou Clóvis
Carvalho.
O ministro disse que devem ser
usados, no combate ao desemprego, a manutenção da estabilidade
econômica e dos índices de crescimento e o estímulo aos investimentos estrangeiros -métodos
adotados contra a inflação.
Carvalho, assim como FHC, culpou a desigualdade social que
existe no país pelo aumento do desemprego. "O desafio do governo
é a redução das desigualdades",
afirmou ele, repetindo uma das
frases mais usadas pelo presidente
nos discursos que tem feito.
CPMF
O ministro disse que não há
perspectivas de o governo criar
novos impostos para financiar as
áreas sociais. Segundo ele, o único
imposto que deverá ser mantido é
a CPMF (Contribuição Provisória
sobre Movimentação Financeira),
mas não deu detalhes sobre como
será estendida essa cobrança.
Pela emenda constitucional que
criou a CPMF, o imposto deverá
ser cobrado até janeiro do ano que
vem. Para o governo manter a cobrança, é necessário que o Congresso aprove nova emenda determinando a extensão do prazo.
"Não iremos mais buscar recursos adicionais junto aos contribuintes", afirmou o ministro.
"Nós precisamos dar eficácia aos
recursos que possuímos."
Na opinião de Carvalho, a tática
para elevar o volume e a eficácia
dos recursos destinados às áreas
sociais é modificar os atuais sistemas de gerenciamento administrativo de vários órgãos federais.
"Não é só iogurte ou dentadura
boa. Nós temos de prestar bons
serviços e ver se o cliente está satisfeito", disse o ministro, citando
alguns dos símbolos do Plano Real
como demonstração do aumento
do poder aquisitivo da população.
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