São Paulo, terça-feira, 19 de setembro de 2006

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Para Gabeira, dossiê lembra caso Lacerda

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

O sub-relator da CPI dos Sanguessugas, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), comparou a tentativa de compra de um dossiê que envolveria os tucanos Geraldo Alckmin e José Serra no escândalo dos sanguessugas ao atentado cometido contra o jornalista e político Carlos Lacerda em 5 de agosto 1954.
"Ironicamente, nós avançamos. Já não se fazem atentados físicos, mas, agora, se trata mais de atingir a reputação política. Aquele episódio [o atentado contra Lacerda] está para Getúlio Vargas assim como este [a compra do dossiê] está para Lula. Há pessoas da intimidade do presidente, praticamente da cozinha do Palácio, envolvidas", destacou Gabeira.
O atentado envolveu homem de confiança de Getúlio, Gregorio Fortunato, chefe da guarda pessoal do presidente, que foi condenado pelo crime.
Gabeira, que se reunirá amanhã com os demais integrantes da CPI dos Sanguessugas, disse que monitorará de perto a apuração que está sendo feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela Polícia Federal e pela Procuradoria. Ele disse que que pedirá o dossiê em questão para que ele seja incorporado à investigação que está sendo feita pela CPI.
Gabeira classificou ontem como "muito grave" a descoberta de grampos nos telefones do presidente e de dois ministros do TSE. "Ninguém escutaria os juízes do TSE se não tivesse interesse nas eleições", afirmou ele.


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