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Para Gabeira, dossiê lembra caso Lacerda
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
O sub-relator da CPI dos
Sanguessugas, o deputado
Fernando Gabeira (PV-RJ), comparou a tentativa
de compra de um dossiê
que envolveria os tucanos
Geraldo Alckmin e José
Serra no escândalo dos
sanguessugas ao atentado
cometido contra o jornalista e político Carlos Lacerda em 5 de agosto 1954.
"Ironicamente, nós
avançamos. Já não se fazem atentados físicos,
mas, agora, se trata mais
de atingir a reputação política. Aquele episódio [o
atentado contra Lacerda]
está para Getúlio Vargas
assim como este [a compra do dossiê] está para
Lula. Há pessoas da intimidade do presidente,
praticamente da cozinha
do Palácio, envolvidas",
destacou Gabeira.
O atentado envolveu homem de confiança de Getúlio, Gregorio Fortunato,
chefe da guarda pessoal do
presidente, que foi condenado pelo crime.
Gabeira, que se reunirá
amanhã com os demais integrantes da CPI dos Sanguessugas, disse que monitorará de perto a apuração que está sendo feita
pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), pela Polícia Federal e pela Procuradoria. Ele disse que que
pedirá o dossiê em questão
para que ele seja incorporado à investigação que está sendo feita pela CPI.
Gabeira classificou ontem como "muito grave" a
descoberta de grampos
nos telefones do presidente e de dois ministros do
TSE. "Ninguém escutaria
os juízes do TSE se não tivesse interesse nas eleições", afirmou ele.
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