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Políticos invertem discurso no RS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
DO ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE
Não chega a ser um paradoxo,
mas é uma ironia: na forma, em
muitos aspectos o "José Serra"
(PSDB) do segundo turno para o
governo gaúcho é Tarso Genro
(PT). Serra e Tarso estão atrás dos
concorrentes, muito além das
margens de erro das pesquisas.
Tarso quer mais debates, que
seu adversário, Germano Rigotto
(PMDB), quer limitar. Lula, aliado de Tarso, é quem evita debates:
irá a um. Rigotto foi a dois e vai a
mais um. Tarso queria seis.
Serra se diz mais qualificado por
ter experiência administrativa.
Lula rejeita o argumento. No Rio
Grande do Sul, Lula aparece no
horário eleitoral exaltando o fato
de Tarso ter sido prefeito de Porto
Alegre. "Ele tem experiência", diz.
Serra tem como um grande obstáculo a rejeição ao governo de
Fernando Henrique Cardoso. No
pleito gaúcho, Tarso tem na avaliação negativa do atual governo
Olívio Dutra (PT) um peso a carregar. No debate de anteontem na
TV, Rigotto perguntou a Tarso
por que ele não citava Olívio. Tarso encheu o peito ao falar o nome
do governador e desafiou o oponente a saudar FHC, de quem Rigotto foi líder. Rigotto calou.
Num encontro de um clube de
jornalistas, Tarso foi cobrado sobre querer os debates que Lula
evita. Indagaram-lhe: "O senhor
concorda com Ortega y Gasset [filósofo espanhol, 1883-1955], para
quem o homem são as suas circunstâncias?" Tarso respondeu:
"Sim". E riu.
(LG e MM)
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