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SEGUNDO TURNO
Autorização do TSE, porém, é limitada a locais onde há votação impressa, o que atinge cerca de 7% do eleitorado
Mesário pode orientar eleitor na hora de votar
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) autorizou os mesários a
orientar sobre o uso da urna eletrônica os eleitores que demorarem mais de cinco minutos na cabine, no dia 27, mas limitou essa
autorização aos locais onde há votação impressa, atingindo somente cerca de 7% do eleitorado.
Relator da resolução aprovada
com esse teor, o ministro Fernando Neves disse que os mesários
dos locais em que não há a novidade da impressora acoplada à
urna, como em São Paulo, poderão fazer o mesmo apesar de não
haver ordem expressa do TSE.
Segundo Neves, a decisão do tribunal ficou restrita à votação impressa, porque o problema da demora excessiva no primeiro turno
teria se limitado a esses locais e o
pedido foi formulado pelo TRE
do Distrito Federal envolvendo
apenas esse tipo de voto.
O ministro disse que os mesários terão que preservar o sigilo
do voto e não dar orientação sobre preferência eleitoral. "Os fiscais dos partidos estarão atentos."
A nova orientação contraria a
adotada no primeiro turno, quando o TSE afirmou que o eleitor demoraria o tempo necessário, desprezou a necessidade de orientação e houve longas filas. Neves
deixou claro que ninguém será
obrigado a votar em cinco minutos. Apenas receberá ajuda sobre
o uso da urna.
O TSE levou em conta informação do TRE-DF de que alguns
eleitores demoraram mais de
meia hora. Após votar em todos
os cargos e confirmar cada um deles, o eleitor precisa conferir os
dados impressos e acionar de novo a tecla "confirma".
O voto é impresso no Distrito
Federal, em Sergipe e em 74 municípios em todo o país. Ele foi
instituído em caráter de teste e
permite a comparação entre o resultado da urna eletrônica e os registros impressos de cada voto.
Lula e as Farc
O ministro-auxiliar do TSE José
Gerardo Grossi proibiu José Serra
(PSDB) de repetir, em sua propaganda, a inserção no rádio e na
TV sobre a suposta exaltação de
petistas às Farc, forças revolucionárias da Colômbia.
Essa foi a primeira vitória de
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
contra o tucano, cinco dias após o
início do horário eleitoral. Grossi
concedeu liminar pedida por Lula
e pelo candidato a governador
Tarso Genro (PT-RS). No mérito,
eles querem direito de resposta.
Na inserção, a campanha tucana afirma que o governo petista
do Rio Grande do Sul, particularmente a Secretaria da Educação,
divulgou textos exaltando a luta
das Farc e diz que o traficante Fernandinho Beira-Mar foi treinado
por elas. Ontem, o TSE havia recebido 20 processos sobre propaganda dessa disputa, sendo 17 deles de petistas, administrações do
PT e aliados contra Serra.
Os outros três são do tucano
contra o petista e contestam a participação do adversário na propaganda do candidato do PT ao governo do Distrito Federal, Geraldo Magela. Em um deles, o pedido de liminar já foi negado.
Ontem, os ministros do TSE negaram duas representações contra a propaganda tucana, em julgamento de mérito. No primeiro
caso, foi mantida a cena de uma
mão tentando pegar um sabonete, que escorrega, em uma alusão
ao estilo adotado por Lula de fugir
de polêmicas. No outro, foi negado ao governador do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, direito de
resposta para que ele se defendesse de crítica sobre a construção de
600 pontes no Estado.
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