DA REPORTAGEM LOCAL

A direção da Caixa Econômica Federal adiou de ontem para amanhã a negociação com representantes da Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT). Com o impasse nas negociações salariais, os funcionários da instituição devem decidir hoje, em assembléias marcadas para o final da tarde, manter a paralisação iniciada em algumas localidades na terça-feira passada.
Em São Paulo, a assembléia irá ocorrer amanhã.
A Confederação dos Bancários informou que, após seis horas de reunião na sexta-feira, o banco não apresentou uma proposta que atenda as reivindicações dos funcionários. Segundo a CNB, a paralisação chegou a atingir 21 Estados na sexta-feira e contou com a adesão de 90% dos 56 mil empregados da instituição.
Segundo a assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal, porém, o atendimento foi normal ou parcial em 88% das 2.000 agências do país. O banco recomenda aos clientes utilizarem os serviços de auto-atendimento, internet ou pontos alternativos de atendimento -como 9.000 casas lotéricas, 2.108 correspondentes bancários e 1.100 pontos de atendimento eletrônicos (caixas automáticos) no país.
Os bancários pedem 12,6% de reajuste para todas as verbas salariais, como prevê o acordo dos bancos do setor privado, além de R$ 1.500 de abono, participação nos lucros de 80% do salário mais R$ 650 fixos e cesta alimentação de R$ 200. Em reuniões anteriores, a Caixa ofereceu esse percentual sobre o salário -mas correção de 5% em parte dos complementos salariais, como o piso de mercado (espécie de comissão) e cesta alimentação de R$ 80-, além do abono e participação nos lucros e resultados.
"Sem avanço nas negociações, a greve não só continua como deve ser ampliada na segunda [amanhã] para outras localidades", diz Carlos Alberto Cordeiro, secretário-geral da CNB. (CLAUDIA ROLLI)


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