São Paulo, quarta-feira, 19 de outubro de 2005

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Wagner aponta "Operação Tabajara"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para o ministro Jaques Wagner (Relações Institucionais), não há prova do "mensalão", que, segundo ele, não passa de "acordos de financiamento de campanha" de uma "Operação Tabajara" -referência a um quadro do programa "Casseta & Planeta".
Wagner repetiu a tese recorrente no governo Lula de que não existe "nenhum elemento de prova para sustentar a tese do "mensalão'". Desde a eclosão do escândalo, no início de julho, quatro deputados já renunciaram para escapar à cassação, um perdeu o mandato no plenário e outros 14 correm o risco de ficar inelegíveis pelos próximos dez anos.
No entender do ministro, o problema reside no modo como os "acordos de financiamento" foram feitos. "Foi uma forma totalmente atabalhoada, fora da norma, por isso que nós estamos pagando esse preço. Aliás, diria que foi de uma forma assim bastante Operação Tabajara."
Sobre os processos de cassação restantes, disse que o governo não tem mais nada a perder. "Toda a matéria chega a um ponto em que ela cai numa certa normalidade."
O ministro avaliou também que o desempenho do deputado José Dirceu (PT-SP) quando estava na Casa Civil pode prejudicar seu julgamento em plenário. "O julgamento na Casa é um julgamento político onde todos esses elementos de relacionamento também contam. [...] Alguém que tem alguma raiva pessoal, isso aí pode pesar no julgamento." (EDS E PDL)


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