|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
saiba mais
Para ministro, projeto não anistia infiéis
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal)
Celso de Mello disse ontem que, se promulgada, a
emenda constitucional da
fidelidade partidária do
Senado não deverá anistiar atuais políticos infiéis.
Como ela só surtiria
efeito após as próximas
eleições (municipais, em
2008, e gerais, em 2010),
permaneceriam válidas
para a legislatura atual as
decisões do STF e do TSE
(Tribunal Superior Eleitoral), que punem os infiéis.
O mesmo entendimento
tem a área técnica da Câmara dos Deputados -a
regra só valeria para quem
se elegeu naquela eleição.
Celso de Mello também
disse que uma eventual
promulgação da emenda
não impedirá que os políticos que trocaram de legenda exerçam o pleno direito
de defesa: "O poder reformador do Congresso Nacional não é ilimitado, não
é absoluto. Ao contrário,
sofre uma série de limitações. Uma das limitações
mais expressivas constitui
o respeito ao núcleo intangível da Constituição, que
são as cláusulas pétreas,
onde estão os direitos e garantias individuais, que incluem o direito de defesa."
O ministro do STF Marco Aurélio Mello disse que
a proposta de emenda será
casuística se o seu objetivo
for anistiar os atuais infiéis. "Se trata-se de uma
proposta casuística para
beneficiar alguns parlamentares, aí se poderá articular a falta de razoabilidade."
Texto Anterior: Deputados atacam projeto do Senado sobre fidelidade Próximo Texto: Tuma e Borges já cogitam volta ao DEM Índice
|