São Paulo, sábado, 19 de novembro de 2005

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PRESSÃO BAIXA

Recuperado, ex-presidente fez o discurso mais aplaudido do encontro

FHC passa mal durante convenção

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

CHICO DE GOIS
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, 74, passou mal na convenção nacional do PSDB e teve de ser atendido por paramédicos. FHC ficou fora do palanque durante meia hora, mas depois voltou e fez o discurso mais aplaudido do dia.
Ele não chegou a desmaiar, mas teve uma forte queda de pressão, ficou muito pálido, suando frio, e desceu do palanque. Foi levado a uma sala reservada e mediu a pressão. Como ela já estava normalizada (13 por 8), voltou para o palanque.
FHC tomou um refrigerante, arregaçou as mangas da camisa e descansou um pouco. Recusou-se a ser medicado, alegando que já usa normalmente remédios para a pressão, mas aceitou um comprimido que o prefeito de São Paulo, José Serra, lhe ofereceu na volta ao palanque.
Antes do problema, FHC estava de pé. No início do discurso do governador Lúcio Alcântara (CE), virou-se para Tasso Jereissati e Aécio Neves e questionou, desanimado: "Mas todo mundo vai discursar?" Queixou-se que o palanque estava muito cheio e que fazia bastante calor.
Ele se sentiu mal no final da fala do governador Geraldo Alckmin (SP) e antes do discurso de José Serra. Apesar de abatido, ele brincou quando lhe disseram que Serra começaria a discursar: "Ih! Então, eu tenho de voltar, senão o Serra me mata". Mas só voltou mais tarde, a tempo de ouvir, sentado, o discurso de Tasso e de fazer o seu próprio pronunciamento, quando a platéia lhe pediu bis quatro vezes.


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