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Substituto de delegado foi
alvo de dossiê
DA REPORTAGEM LOCAL
A gravação da reunião que
selou o afastamento do delegado Protógenes Queiroz do
comando da Operação Satiagraha revela que o novo delegado que coordena a investigação desde julho, Ricardo
Saadi, foi alvo de uma tentativa de desmoralização.
O assunto foi revelado, na
reunião, pelo superintendente da PF em São Paulo,
Leandro Coimbra. Ele contou que Saadi, também presente na reunião, fora alvo de
denúncias que não tinham
"nenhuma consistência".
"Antes de eu vir para cá
[superintendência de São
Paulo], recebi um dossiê de
120 páginas de que havia um
mensalinho para ele e para
os delegados que ele escolheu", revelou Coimbra, que
tomou posse no cargo em 1º
de maio último. Ele substituiu Jaader Saadi, tio do delegado. Coimbra defendeu
Ricardo e disse que tentaram
"minar" o subordinado. Contou que mandou investigar
as denúncias e concluiu que
não havia fundamento. "Não
temos o direito de condenar
nenhum colega sem investigar. (...) Me preocupa, porque
as pessoas tentam minar
uma investigação com isso."
Saadi coordena o inquérito
que apura supostos crimes
de gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro atribuídos
ao banqueiro Daniel Dantas
e ao grupo Opportunity. Há
duas semanas, ele entregou
relatório parcial ao juiz da 6ª
Vara Federal, Fausto De
Sanctis, no qual aprofundou
as descobertas da primeira
fase da Satiagraha.
(RV)
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