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Lula diz que Temporão não sai; PMDB anuncia trégua
Presidente afirma que só deixarão o ministério os que forem concorrer em 2010
Líder do PMDB afirma que
ministro concordou em
manter Forte na Funasa;
titular da Saúde criticou o
órgão, chefiado pela sigla
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em encontro ontem, o ministro José Gomes Temporão
(Saúde) e o PMDB "selaram a
paz", segundo relato de presentes à reunião, e chegaram ao
acordo de manter Danilo Forte
no comando da Funasa (Fundação Nacional de Saúde). A
cúpula da sigla, no entanto, disse que deve haver mudanças
institucionais no órgão.
Temporão, indicado ao posto
pelo governador Sérgio Cabral
(PMDB-RJ), criticou publicamente a qualidade dos serviços
da fundação, que é subordinada
ao ministério. Na semana passada, disse que a Funasa era alvo de corrupção. Forte também
é uma indicação do PMDB.
Diante da pressão de peemedebistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de
"diz-que-me-diz" especulações
sobre troca de ministros. Segundo ele, só deixarão o governo os que forem concorrer em
2010. Sobre o titular da Saúde,
Lula foi taxativo: "Temporão fica, é meu ministro".
"Havia um clima de tensão
[entre o ministro e a bancada
peemedebista], mas que com a
conversa terminou. O ministro
levantou a bandeira branca e
nós aceitamos. Também concordamos que a Funasa tem
que ser aperfeiçoada, tem que
ser modernizada", disse o líder
do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).
A contrapartida para a manutenção de Forte no comando
do órgão foi o compromisso do
PMDB de aceitar a criação da
Secretaria de Atenção e Proteção à Saúde, que, na prática, tiraria poderes da Funasa e vai
administrar a saúde indígena.
Após o encontro com Temporão, Alves almoçou com Forte para informá-lo sobre o acordo estabelecido. O líder da bancada esteve ainda com o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) para pedir mais verba
para o Ministério da Saúde -e,
portanto, para a Funasa.
Congresso
Lula também disse que não
vai dar palpites na disputa pelas
presidências da Câmara e do
Senado, mas sinalizou que deveria haver equilíbrio para que
o PMDB não ficasse com os
dois comandos.
"O equilíbrio é dado pelo
comportamento dos partidos.
O PMDB tem maioria nas duas
casas. Tradicionalmente o partido que tem maioria indica os
presidentes da Câmara e do Senado, não temos muita experiência do mesmo partido ocupar duas Casas. Mas, de qualquer forma, os políticos são
eles, quem tem sensibilidade
são eles", disse.
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