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Greve de fome facilita o ataque de infecções
DA REPORTAGEM LOCAL
DA REDAÇÃO
Infecções, perda do
músculo cardíaco, alterações no sistema digestivo e
problemas nas articulações. Essas são algumas
das consequências que a
greve de fome pode trazer
para o ser humano. Segundo especialistas, desde que
esteja se hidratando, o indivíduo que se submete ao
jejum sobrevive até dois
meses sem nenhum tipo
de alimentação. No entanto, os resultados graves para a saúde são sentidos a
partir do trigésimo dia.
Quando uma pessoa pára de se alimentar, sem
deixar de ingerir água, o
gasto energético diminui
de forma significativa, segundo o nutrólogo Durval
Ribas Filho. "É o mecanismo de defesa do organismo", disse. Nesse período,
o indivíduo fica mais exposto a infeccções e gripes.
Desde o segundo dia de
jejum, o corpo usa dois
meios para obter energia,
segundo o biólogo e professor de bioquímica médica da UnB (Universidade de Brasília) Marcelo
Hermes-Lima. O organismo quebra proteínas dos
músculos, que são transformadas em aminoácidos. No fígado, esses aminoácidos são convertidos
em glicose. O fígado exporta a glicose para o sangue, que volta a alimentar
os tecidos, principalmente
o cérebro. Em paralelo, o
corpo também usa a gordura do tecido adiposo para fornecer energia.
"Durante o período de
jejum prolongado o indivíduo perde, em parte, a capacidade de absorção intestinal por falta de uso do
tubo digestório", disse o
professor da Faculdade de
Ciências Médicas da Santa
Casa de São Paulo Osmar
Monte.
(AFONSO BENITES E LARISSA GUIMARÃES)
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