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Jucá deve ser ouvido sobre compra de votos
Suspeita é da eleição de 2002; senador diz que caso é "babaquice" e que denúncia é "eleitoral, política"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Alvo de inquérito criminal no
STF (Supremo Tribunal Federal), o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR),
será "convidado" pela Polícia
Federal a depor sobre a suspeita de compra de votos em 2002.
O inquérito foi aberto pelo
ministro do STF Celso de Mello
em 7 de dezembro último, a pedido do procurador-geral da
República, Antonio Fernando
Souza. Tereza Jucá, mulher do
senador e ex-prefeita de Boa
Vista, também deverá depor. A
notícia foi divulgada na edição
de ontem do jornal "O Globo".
O governador Ottomar Pinto
(PSDB), que morreu na semana
passada, também estava na lista dos que seriam ouvidos.
Jucá deveria se encontrar
ontem à noite com o presidente
do TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) e ministro do STF,
Marco Aurélio de Mello. Segundo o TSE, o senador pediu o
encontro, mas depois avisou
que não poderia comparecer.
A investigação começou em
Roraima, a partir de acusações
de corrupção eleitoral feitas
por três ex-funcionárias da
Cooperativa Roraimense de
Serviços, contratada pela Prefeitura de Boa Vista, na gestão
da mulher de Jucá.
Elas afirmaram que houve
eleitores que receberam R$ 50
no começo do dia das eleições,
com a promessa de receber outros R$ 50 após a votação. A negociação também envolveria
acesso a programas sociais da
prefeitura como Erradicação
do Trabalho Infantil.
Jucá disse ontem que a suspeita não passa de "babaquice".
"Isso é uma babaquice, me desculpe, mas é uma babaquice, é
uma denúncia de 2002, que já
foi julgada no Tribunal Regional Eleitoral, já foi julgada no
Tribunal de Contas, já foi esclarecido, foi uma denúncia eleitoral, política, dos adversários,
não sei porque isso está sendo
requentado agora", disse.
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