|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Empresários contestam estudo de ONGs
da Agência Folha em São Félix do
Araguaia e Santa Terezinha (MT)
Governo e empresários contestam a avaliação das ONGs,
apresentam números e informações diferentes e garantem
que a hidrovia Tocantins-Araguaia será um projeto que combinará desenvolvimento regional e preservação do meio ambiente.
"Considero que o estudo deles não é independente porque
parte da premissa de condenar
o empreendimento", disse Rogério Barzellay, superintendente da Ahitar (Administração da
Hidrovia Tocantins-Araguaia).
Para Barzellay, o impacto ambiental da obra não terá a dimensão diagnosticada pelas
ONGs. O superintende da Ahitar disse que nos travessões de
pedra que cruzam o Araguaia
em dois pontos, serão abertos
"portões" de 35 metros, em um
rio cuja largura média é de 1.700
metros.
A dragagem será realizada em
pontos específicos e nunca em
trecho superior a cem metros.
"Os maiores interessados em
preservar o rio somos nós", disse Barzellay.
Custo
Roberto Zaidan, gerente do
Corredor de Transportes Araguaia-Tocantins, do Ministério
dos Transportes, afirma que
"não tem fundamento nenhum" trocar o transporte hidroviário pelo ferroviário como
alternativa de custo.
"Pela Norte-Sul, tem de se fazer grande parte do transporte
por rodovia até chegar à ferrovia. Outra alternativa que eles
apontam, a Ferronorte, também é muito distante. Você tem
de viajar 600, 700 km de caminhão. Isso onera bastante o custo", declarou. Segundo ele, em
todo o mundo o preço do frete
hidroviário é pelo menos a metade do ferroviário e 30% do rodoviário.
Para o prefeito de Santa Terezinha (MT), Cleomenes Costa
(PFL), as ONGs estão a serviço
de grupos econômicos internacionais que não querem a soja
brasileira disputando o mercado externo com preços competitivos.
Parceira internacional
A Codeara (Companhia de
Desenvolvimento do Araguaia),
produtora de borracha e gado
de corte em Santa Terezinha e
uma das principais empresas da
região, aguarda a hidrovia para
firmar parceria com Blairo
Maggi, considerado o maior
produtor de soja do mundo.
"Ele detém a tecnologia de
plantio e nós temos a terra. Mas
a hidrovia precisa estar funcionando para desenvolvermos
um projeto grande", disse o administrador Marco Antonio
Arantes.
Resposta às ONGs
Uma resposta ao documento
das ONGs deverá vir em 20 dias,
em um fórum a ser promovido
em São Paulo e Rio pelo Comitê
Pró-Hidrovia, segundo o presidente do órgão, Adalberto Tokarski. O comitê é integrado por
governos estaduais, prefeituras,
câmaras e empresas dos setores
agrícola e de navegação.
Texto Anterior: Avança Brasil: Hidrovia do governo ameaça matar rios Próximo Texto: Índios podem atacar as embarcações Índice
|