DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), e os presidentes dos grandes partidos definiram em reunião que vão tentar aprovar até agosto a reforma política e que tratarão dos temas em tópicos, não em uma única proposta.
"Necessariamente vai ser tema por tema, na reforma política não tem como tratar uma proposta global. São assuntos tão variados que não dá para botar tudo na mesma cesta", disse João Paulo, que reuniu os líderes partidários em café da manhã em sua casa.
Defendida veementemente pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a reforma política deve começar pela discussão sobre a fidelidade partidária e o financiamento público de campanha. A proposta de Sarney é a aprovação neste ano porque, segundo ele, as eleições municipais de 2004 inviabilizariam o debate.
Como o governo tem como um dos objetivos prioritários levar o PMDB para a base aliada, a reforma já frequenta as declarações de petistas como José Dirceu (Casa Civil), que disse, após encontro recente com Sarney, ser a política uma das reformas prioritárias. Apesar do acordo por agilidade, a questão envolve temas polêmicos e pode não ser cumprida no prazo desejado. (RANIER BRAGON)


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