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São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 2003

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Presidente da CPI no Rio ataca ex-secretário que acusa Garotinho

DA SUCURSAL DO RIO

Um dia depois de o Ministério Público do Estado do Rio instaurar inquérito civil para investigar o ex-governador Anthony Garotinho (PSB), o presidente da CPI do "Propinoduto", Paulo Melo (PMDB), fez ataques ao ex-secretário de Fazenda Carlos Sasse -cujo depoimento na CPI embasa a abertura do inquérito.
Aliado político de Garotinho, Melo divulgou cópias do "Diário Oficial" de 1992 mostrando que Sasse, ao ser indicado para a subsecretaria de Planos e Orçamento, nomeou para um cargo público no mesmo órgão José Srur, assessor da presidência da Light.
O caso Light -uma denúncia de extorsão de fiscais contra a empresa- é um dos investigados pela CPI, criada para apurar um suposto esquema de corrupção na Fazenda estadual que teria enviado ilegalmente US$ 33,4 milhões para a Suíça.
O inquérito do Ministério Público investiga se Garotinho cometeu improbidade administrativa -ilícito caracterizado pela conduta irregular no exercício da função pública- em dois episódios narrados por Sasse à CPI.
O ex-secretário disse que Garotinho protegeu empresários sonegadores e fiscais corruptos de Campos (município natal do ex-governador). Afirmou que Garotinho enviou um emissário para pedir nomeações, para as inspetorias da Fazenda, de pessoas indicadas por deputados estaduais. Garotinho nega as acusações.


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