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Presidente da CPI no Rio ataca
ex-secretário que acusa Garotinho
DA SUCURSAL DO RIO
Um dia depois de o Ministério
Público do Estado do Rio instaurar inquérito civil para investigar
o ex-governador Anthony Garotinho (PSB), o presidente da CPI do
"Propinoduto", Paulo Melo
(PMDB), fez ataques ao ex-secretário de Fazenda Carlos Sasse
-cujo depoimento na CPI embasa a abertura do inquérito.
Aliado político de Garotinho,
Melo divulgou cópias do "Diário
Oficial" de 1992 mostrando que
Sasse, ao ser indicado para a subsecretaria de Planos e Orçamento,
nomeou para um cargo público
no mesmo órgão José Srur, assessor da presidência da Light.
O caso Light -uma denúncia
de extorsão de fiscais contra a empresa- é um dos investigados
pela CPI, criada para apurar um
suposto esquema de corrupção
na Fazenda estadual que teria enviado ilegalmente US$ 33,4 milhões para a Suíça.
O inquérito do Ministério Público investiga se Garotinho cometeu improbidade administrativa -ilícito caracterizado pela
conduta irregular no exercício da
função pública- em dois episódios narrados por Sasse à CPI.
O ex-secretário disse que Garotinho protegeu empresários sonegadores e fiscais corruptos de
Campos (município natal do ex-governador). Afirmou que Garotinho enviou um emissário para
pedir nomeações, para as inspetorias da Fazenda, de pessoas indicadas por deputados estaduais.
Garotinho nega as acusações.
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