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TENSÃO NO CAMPO
Impasse entre órgão e ministério impede liberação de recursos
Assentados invadem Incra no Paraná
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
Cerca de 180 assentados invadiram, na manhã de ontem, a unidade do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Francisco Beltrão (sudoeste do PR) e ocuparam o órgão durante todo o dia. Eles exigem uma solução sobre a liberação de recursos para três assentamentos em Palmas (sul do PR).
Os assentados reivindicam uma solução urgente de um impasse entre o Incra, o IAP (Instituto Ambiental do Paraná) e o Ministério do Meio Ambiente. Em 1999, ao criar três assentamentos em Palmas, o Incra não respeitou a portaria 507, do Ministério do Meio Ambiente, que considerava um total de 4.500 hectares (utilizados para os assentamentos) reserva de Mata Atlântica.
Em razão disso, os assentados não conseguem financiamentos, com recursos do Programa Nacional de Agricultura Familiar, no Banco do Brasil para 192 famílias.
Ontem, a empreendedora social do Incra Ivone Miechuanski disse que o órgão iria tentar uma solução para o caso. Líderes dos assentados afirmaram que deixariam a unidade ontem. Eles têm audiência na Superintendência do Incra em Curitiba na terça.
Em Marabá, o MST informou que pode ficar "mais de um ano" acampado na sede do Incra. A radicalização do protesto é, segundo o movimento, uma resposta às declarações do presidente do PT, José Genoino. Ele disse que o partido "não aceita veto do movimento social nem do MST" nas indicações para cargos federais.
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