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Ruralistas querem discutir reforma
agrária com o governo, sem o MST
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
Reunidos em Cuiabá (MT), ruralistas ligados a seis entidades do
setor agropecuário decidiram cobrar do governo a participação de
produtores rurais nas discussões
sobre a reforma agrária.
A "Carta de Cuiabá", que seria
endereçada, inicialmente, ao presidente Lula, foi enviada ontem ao
ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário). Nela, os ruralistas deixam implícito que não sentarão à mesa de negociação
com o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
A carta solicita a "participação
de representantes dos produtores
rurais e dos movimentos sociais,
desde que legalmente constituídos, nas discussões relativas à política agrária". A UDR (União Democrática Ruralista), uma das organizadoras do encontro, sempre
questionou o MST por ele não ser
legalmente constituído.
"Respeitamos os movimentos
sociais legalizados, o que não é o
caso do MST, que não tem registro legal", disse Luiz Antônio Nabhan Garcia, presidente da UDR.
O texto pede providências contra o "radicalismo", "que faz com
que os produtores, no desespero,
deixem de produzir para defender" suas terras. Assinam a carta:
Associação dos Produtores Rurais de Mato Grosso, Sociedade
Rural Brasileira, Associação dos
Criadores de Mato Grosso, Movimento Nacional dos Produtores,
Associação de Defesa da Propriedade Rural, UDR e UDR-Noroeste do Paraná. (JOSÉ MASCHIO)
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