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São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 2003

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Ruralistas querem discutir reforma agrária com o governo, sem o MST

DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

Reunidos em Cuiabá (MT), ruralistas ligados a seis entidades do setor agropecuário decidiram cobrar do governo a participação de produtores rurais nas discussões sobre a reforma agrária.
A "Carta de Cuiabá", que seria endereçada, inicialmente, ao presidente Lula, foi enviada ontem ao ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário). Nela, os ruralistas deixam implícito que não sentarão à mesa de negociação com o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
A carta solicita a "participação de representantes dos produtores rurais e dos movimentos sociais, desde que legalmente constituídos, nas discussões relativas à política agrária". A UDR (União Democrática Ruralista), uma das organizadoras do encontro, sempre questionou o MST por ele não ser legalmente constituído.
"Respeitamos os movimentos sociais legalizados, o que não é o caso do MST, que não tem registro legal", disse Luiz Antônio Nabhan Garcia, presidente da UDR.
O texto pede providências contra o "radicalismo", "que faz com que os produtores, no desespero, deixem de produzir para defender" suas terras. Assinam a carta: Associação dos Produtores Rurais de Mato Grosso, Sociedade Rural Brasileira, Associação dos Criadores de Mato Grosso, Movimento Nacional dos Produtores, Associação de Defesa da Propriedade Rural, UDR e UDR-Noroeste do Paraná. (JOSÉ MASCHIO)


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