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Presença de Waldomiro na Caixa é investigada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA SUCURSAL DO RIO
O Ministério Público investiga a
presença de Waldomiro Diniz,
ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, nas dependências da Caixa Econômica
Federal tanto no período de transição como em pleno governo Lula, na época da renegociação do
contrato com a GTech do Brasil.
Os procuradores teriam, inclusive, documentos que poderiam
comprovar a passagem de Waldomiro pelo banco estatal nas
duas épocas. Esses documentos
seriam do trâmite interno da Caixa, uma liberação do setor de segurança para que ele transitasse
no banco mesmo sem ser funcionário da instituição.
O Ministério Público busca algum registro de imagem da presença de Waldomiro na Caixa,
que poderia ter sido feito pelo sistema de segurança da instituição.
O ex-assessor de José Dirceu, segundo depoimento de diretores
da GTech, tentou intermediar a
negociação para renovação do
contrato da Caixa com a multinacional para gerenciamento do sistema de loterias do país.
A Caixa nega a interferência externa na negociação que resultou
na prorrogação por 25 meses
-até maio do a no que vem- do
contrato entre a GTech e o banco.
O Ministério Público e a Polícia
Federal investigam também eventuais ligações de Waldomiro Diniz e dois funcionários da Caixa
que trabalharam, como o ex-assessor do Palácio do Planalto, na
equipe do governo de Cristovam
Buarque (1995-1998) no Distrito
Federal. São eles Paulo Campos e
Felipe Torelli.
A Polícia Federal também suspeita que Waldomiro tenha eliminado provas do suposto ato de
corrupção. Na sua casa, em Brasília, foram apreendidos apenas documentos como contas de luz e
água. A PF esperava encontrar indícios contra Waldomiro. Agora,
os investigadores consideram como elemento essencial das investigações a quebra dos sigilos telefônico, fiscal e bancário do ex-assessor parlamentar.
No dia 14 de fevereiro, a Justiça
expediu um mandado de busca e
apreensão em oito endereços: em
São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro e
Brasília. Apenas dois dias depois,
agentes federais executaram o
mandado na casa de Waldomiro.
A 5ª Vara Federal Criminal determinou na última quarta-feira
que a PF explique porque as buscas demoraram a ser feitas.
Os policiais que atuam no inquérito do caso Waldomiro dizem acreditar que ele tenha eliminado documentos depois de ter
sido entrevistado pela revista
"Época", quando soube que estava sendo investigado.
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