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INTELIGÊNCIA
Órgão diz que mantém relação de reciprocidade
Abin nega ingerência dos EUA após FBI dizer que agência "se prostitui"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Abin (Agência Brasileira de
Inteligência) negou ontem, em
comunicado, que haja ingerência
de autoridades dos EUA nos serviços de segurança e inteligência
do Brasil. Há, segundo o órgão,
"ligações com mais de 30 serviços
congêneres de países amigos".
"A Abin mantém ligações com
mais de 30 serviços congêneres de
países amigos. Semelhante relacionamento impõe-se, no mundo
globalizado de hoje, por ser absolutamente indispensável à necessidade de proporcionar melhor
assessoramento", diz o texto. Segundo a Abin, há um "intercâmbio" constante com os serviços de
outros países, "em bases de absoluta igualdade e reciprocidade".
A nota da Abin foi uma resposta
à última edição da revista "Carta
Capital". Nela, Carlos Costa, chefe
do FBI (polícia federal norte-americana) no Brasil até outubro do
ano passado, diz que a "Abin se
expõe, ela se prostitui", por não
dispor de dinheiro para evoluir.
"Quando um serviço de inteligência se torna pedinte ante estrangeiros, se expõe, deixa de ser
secreto. Corre imensos riscos. A
Abin, como a Polícia Federal, pede equipamentos, recursos, treinamento a vários países, e não
apenas aos Estados Unidos."
Um dos "riscos" citado por Costa seria a "clonagem" de equipamentos recebidos.
Na entrevista, Costa sugere que
agentes secretos dos EUA tenham
grampeado telefones dos palácios
do Planalto e do Alvorada. Questionado se havia tais grampos,
disse: "Não confirmo nem desminto, ponto final".
A assessoria de imprensa da Polícia Federal informou ontem que
não iria se manifestar.
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