DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Por meio de um discurso orquestrado com o comando do PSDB, a senadora Marisa Serrano (MS) ameaçou ontem renunciar à presidência da CPI dos Cartões Corporativos em retaliação à blindagem da base do governo para impedir a abertura dos gastos sigilosos feitos por servidores da Presidência.
"Não compactuarei com farsa nem ficarei três meses de brincadeirinha. Não estou aqui para brincar", disse ela.
Nos bastidores, há duas avaliações sobre a reação da senadora. A primeira é que Marisa teme arcar com o ônus de conduzir uma CPI "chapa-branca".
Mas, no próprio PSDB, a ala que sempre foi contrária à CPI admite que a tática é construir um cenário para o partido deixar a comissão acusando o governo de blindagem. A avaliação é que a manobra ganharia ainda mais força se o DEM apoiasse a saída do senador Raimundo Colombo (SC) do comando da CPI das ONGs com discurso similar.
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), agendou reunião para segunda-feira com os tucanos que compõem a comissão para definir uma posição.


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