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PELO PAÍS
Dissidentes do MST criam novo movimento
Sem-terra invadem
pátio da Eletrosul
da Agência Folha
Cerca de 600 manifestantes organizados pelo MST invadiram,
às 7h de ontem, o pátio da sede
administrativa da Eletrosul
(Centrais Elétricas do Sul do
Brasil) em Florianópolis. Houve
um pequeno tumulto e um policial ficou ferido na cabeça.
A Tropa de choque da PM foi
chamada, mas não houve confronto. Os manifestantes
-sem-terra, militantes da CUT
(Central Única dos Trabalhadores) e do Movimento dos Atingidos por Barragens- não invadiram o prédio e deixaram o local,
por volta de 12h, sem conseguir
falar com a diretoria da empresa.
Cerca de 3.000 trabalhadores
rurais sem terra acampados à
beira da rodovia BR-163 (cerca
de 380 km de Campo Grande,
MS), ficaram ontem de joelhos
por três horas em protesto contra o pacote de medidas "antiinvasão" de terras anunciado anteontem pelo governo federal.
Não houve bloqueio da rodovia.
Novo movimento
Sete grupos de trabalhadores
rurais sem terra dissidentes do
MST criaram ontem, no Pontal
do Paranapanema (extremo oeste de São Paulo), o Mast (Movimento Nacional dos Agricultores Sem Terra).
O Mast foi organizado pela Social Democracia Sindical, que
tem sede em São Paulo. O movimento deve ocupar um espaço
político à direita do MST.
Juntos, segundo seus dirigentes, esses grupos controlam cerca de 4.800 famílias, de 30 assentamentos e sete acampamentos
na região do Pontal. O presidente da Central Sindical, Enilson
Simões de Moura, acusa o MST
de "usar a violência e coerção
com fins políticos". "Vamos trabalhar com assentados, que não
dão repercussão e, por isso, foram esquecidos pelo MST".
O líder do MST José Rainha Jr.,
37, ironizou o novo concorrente.
"Esse movimento já tem nome, é
MSF. Eles vão ser o "movimento
sem futuro', que acaba logo".
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