São Paulo, domingo, 20 de junho de 2004

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Até em seu partido Maluf já perdeu unanimidade

DA REPORTAGEM LOCAL

Houve um tempo, não tão distante, em que o nome Paulo Maluf era unanimidade no PP (antigo PPB, antigo PPR, antigo PDS, antiga Arena). Quando surgia uma campanha eleitoral, o nome natural era Paulo Maluf.
Na única vez em que não foi candidato, foi alguém que ele ungiu. Espernear podia, mas não depois de Maluf abençoar seu sucessor, Celso Pitta, o ex-diretor da Eucatex e ex-secretário das Finanças que se tornou prefeito.
Essa identificação siamesa do partido com Maluf trouxe, segundo aliados e opositores, ganhos e perdas. Atualmente, dizem os críticos, mais perdas. Argumentam que há muita exposição negativa.
Para os defensores do ex-prefeito, o quadro atual, onde mais aparecem denúncias contra Maluf do que notas sobre sua pré-campanha, é normal em se tratando de um pré-candidato que está empatado em segundo lugar na disputa ao lado da prefeita Marta Suplicy (PT), segundo o Datafolha.
O inferno astral do ex-prefeito começou em junho de 2001, quando a Folha noticiou que a ilha de Jersey, no canal da Mancha, bloqueou cerca de US$ 200 milhões depositados ilegalmente em nome de Maluf. Desde então, ele vem negando que tem ou tenha tido contas no exterior.
Neste ano, com a chegada de pilhas de documentos encaminhados pela Suíça à Justiça brasileira, a história voltou à carga. Uma ficha de abertura de conta, supostamente assinada por ele, foi exibida na TV. Na semana passada, surgiu uma carta na qual ele autorizaria um banco suíço a reverter a seus filhos o montante depositado em uma fundação. Maluf nega ter assinado a carta. (CG E LC)


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