São Paulo, sexta-feira, 20 de junho de 2008

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outro lado

Ex-secretário diz que desconhece nomes citados

DA REPORTAGEM LOCAL

O empresário David Zilbersztajn, secretário de Energia entre janeiro de 1995 e janeiro de 1998, disse que jamais negociou contratos e que não conhece as pessoas que seriam intermediárias do pagamento de propinas pela Alstom.
"Pelo que li, se houve algum pagamento [dinheiro de corrupção], foi em 1998, quando eu nem era mais secretário. Tenho todo o interesse de esclarecer essa história", disse.
Segundo Zilbersztajn, as decisões sobre compras não passavam pela secretaria. "A secretaria não tinha alçada sobre contratos das empresas."
Sucessor de Zilbersztajn, o hoje secretário de Subprefeituras de São Paulo, Andrea Matarazzo (PSDB), titular de Energia entre 28 de janeiro e 31 de julho de 1998, também nega ter mantido contato com pessoas supostamente envolvidas.
Matarazzo afirma não conhecer nem ter mantido contato com o lobista franco-brasileiro Jean-Pierre Courtadon nem com a pessoa apresentada como Claudio Mendes no memorando. Também diz jamais ter autorizado alguém a falar em seu nome com a Alstom.
A Folha não conseguiu localizar telefones em nome de Eduardo José Bernini, presidente da Eletropaulo na época do memorando da Alstom. No ano passado, ele deixou a presidência-executiva das companhias AES no Brasil, que passou a controlar a Eletropaulo após a privatização da empresa, em abril de 1998.
A Folha não consegui entrevistar ontem o executivo José Geraldo Villas Boas. (JEC E MCC)


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