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outro lado
Ex-secretário diz que desconhece nomes citados
DA REPORTAGEM LOCAL
O empresário David Zilbersztajn, secretário de Energia entre janeiro de 1995 e janeiro de 1998, disse que jamais
negociou contratos e que não
conhece as pessoas que seriam
intermediárias do pagamento
de propinas pela Alstom.
"Pelo que li, se houve algum
pagamento [dinheiro de corrupção], foi em 1998, quando eu
nem era mais secretário. Tenho
todo o interesse de esclarecer
essa história", disse.
Segundo Zilbersztajn, as decisões sobre compras não passavam pela secretaria. "A secretaria não tinha alçada sobre
contratos das empresas."
Sucessor de Zilbersztajn, o
hoje secretário de Subprefeituras de São Paulo, Andrea Matarazzo (PSDB), titular de Energia entre 28 de janeiro e 31 de
julho de 1998, também nega ter
mantido contato com pessoas
supostamente envolvidas.
Matarazzo afirma não conhecer nem ter mantido contato com o lobista franco-brasileiro Jean-Pierre Courtadon
nem com a pessoa apresentada
como Claudio Mendes no memorando. Também diz jamais
ter autorizado alguém a falar
em seu nome com a Alstom.
A Folha não conseguiu localizar telefones em nome de
Eduardo José Bernini, presidente da Eletropaulo na época
do memorando da Alstom. No
ano passado, ele deixou a presidência-executiva das companhias AES no Brasil, que passou a controlar a Eletropaulo
após a privatização da empresa, em abril de 1998.
A Folha não consegui entrevistar ontem o executivo José
Geraldo Villas Boas.
(JEC E MCC)
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