São Paulo, quinta-feira, 20 de julho de 2006

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TODA MÍDIA

Nelson de Sá

O tratamento recebido

Postado à tarde, no blog de Ricardo Noblat:
- Do presidente do PFL, Jorge Bornhausen, na reunião da coordenação de campanha de Alckmin no comitê em Brasília: "Nosso objetivo se chama "Jornal Nacional'". O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, alertou: "Cuidado, olha a imprensa". Era tarde.
É reação ao que a revista "Carta Capital" batizou de "fator HH", que deu "novo contorno ao cenário".

Depois do ex-blog de Cesar Maia, talvez tenha sido a "IstoÉ", acessível pelo portal Terra, a primeira a destacar como Heloísa Helena "abrandou o discurso para não assustar a classe média".
Mais importante, a revista registrou como "a senadora agradeceu o tratamento que tem recebido das emissoras de televisão". De uma, na verdade. E um telejornal.

 

Começou no dia 4 de julho, com a desclassificação do Brasil. No "Jornal Nacional", "o dia dos candidatos" trouxe quatro deles -ela mais Lula, Geraldo Alckmin e Cristovam Buarque.
Naquele dia, quase nada de Alckmin. No seguinte, quase nada de Lula. Outras edições foram assim, posteriormente, mas HH jamais faltou, dia após dia.
Eram reportagens com introduções na linha:
- Criticou o que considera exagero nos gastos de campanha do PT e do PSDB... Falou sobre as dificuldades de fazer campanha com um partido pequeno, ainda em construção... Disse que vai fazer uma campanha modesta.
E por aí vai.
 

Nas entrevistas reproduzidas, o discurso voltado para a classe média, tipo:
- Nós defendemos uma reforma tributária para impedir a brutal e avassaladora transferência de renda do pobre, da classe média e do setor produtivo para o capital financeiro. Isso significa reduzir a carga tributária na classe média e no setor produtivo.
Sobre a violência:
- É muito importante que possamos ter ao mesmo tempo alternativas de inclusão social e uma repressão implacável ao crime organizado, esteja ele onde estiver.
Sobre o Mercosul:
- Se eu tiver a honra de chegar a presidente, não manda no meu governo nem o Bush nem o Chávez.
Por fim:
- Eu queria mesmo é que a eleição tivesse caráter plebiscitário, entre quem tolera ou não a corrupção de forma omissa, cúmplice e cínica.

O DIREITO AO PALPITE
Blogs do lulista Bué de Bocas ao alckmista ex-blog de Cesar Maia -que, aliás, vem reativando seu blog- estão em polvorosa com a consulta do PSL à Justiça Eleitoral. O micropartido "questiona se os blogs podem opinar sobre candidatos". "O direito do cidadão de dar palpite pode ser probido!", atacou um. "Cuidado!", bradou outro.
A decisão sai só em agosto. Registre-se, de todo modo, que o blog Pero Vaz de Caminha, montado pelo mesmo Maia contra o peemedebista Sérgio Cabral Filho, saiu do ar por ordem da Justiça Eleitoral do Rio.


EM BREVE A União não pode mais, o Estado não pode mais, mas a Prefeitura não sai dos intervalos do "JN". Locução de um dos comerciais: "A Prefeitura vem dando atenção à saúde e, em breve, São Paulo receberá o hospital de Cidade Tiradentes." (esq.)

COLOU...
Do diretor do Datafolha, Mauro Paulino, em entrevista ao UOL News, ancorado por Lillian Witte Fibe:
- Pensando do ponto de vista da eleição, esta segunda onda de ataques [do PCC em São Paulo] atingiu mais Lula do que Alckmin.

... E QUEREM COLAR
Quanto à recente lista dos sanguessugas, em destaque na home da Folha Online, "mesmo com três do PSDB, quatro do PFL" e "nenhum do PT", agora a "oposição quer envolver o governo". É que "nenhuma operação é feita sem o Executivo".


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@ - Nelson de Sá


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