DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Escaldado com o caso do Conselho Federal de Jornalismo (CFJ), o governo Lula quer fazer um amplo debate antes de tornar pública qualquer decisão sobre o projeto que amplia de 11 para 23 as funções de jornalista.
Um exemplo da preocupação do governo foi dado ontem à tarde, quando o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, perguntou a jornalistas, depois de uma entrevista, a opinião deles sobre o projeto.
Patrocinado pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), o projeto obriga cinegrafistas, fotógrafos, comentaristas e chargistas, entre outras funções, a também ter o diploma de jornalista.
A tendência hoje no governo é pelo veto do texto. Lula tem até o dia 28 para decidir.
O governo quer evitar o que aconteceu em 2004, quando encaminhou o projeto de criação do CFJ, com o objetivo de "orientar, disciplinar e fiscalizar" o exercício da profissão. O Planalto se disse surpreendido pela posição contrária de quase toda a categoria, quando pensava que o projeto tinha aceitação unânime.


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