São Paulo, domingo, 20 de outubro de 2002

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OUTRO LADO

Secretário nega uso de cadastro da prefeitura

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário de comunicação do PT no Estado e coordenador de comunicação da campanha de José Genoíno, Marcos Silva, afirma que o partido jamais utilizou o cadastro dos programas sociais da Prefeitura de São Paulo.
"O PT tem um cadastro gigantesco construído ao longo de anos", diz Silva.
Ele afirma que esse cadastro é alimentado por lideranças ligadas a movimentos populares, que atuam em todo o Estado e que têm forte presença na periferia da capital.
Outra fonte de informação, diz ele, são os vereadores que atuam na periferia.
Silva diz que o fato de um beneficiário de programa social ter recebido uma carta de pedido de voto do PT (ainda que tenha sido assinada prefeita Marta Suplicy) não significa que o endereço dessa pessoa tenha sido obtido pelo partido junto à Prefeitura de São Paulo.
Isso porque, diz Silva, o mesmo cidadão que faz parte do cadastro dos programas da prefeitura também pode pertencer ao mailing de movimentos sociais, cujos militantes são ligados ao PT.
Em relação às crianças da periferia que também receberam correspondência, Silva diz que elas fazem parte do cadastro de movimentos sociais que trabalham na área da infância.
O coordenador não especificou que movimentos populares são esses e nem o motivo pelo qual a carta foi endereçada a crianças. Silva diz que "seria ingênuo" usar o cadastro da prefeitura. No entanto, admite não ter controle da origem do material. "Não tenho controle de como o cadastro é feito. Recebo as listas e mando para a expedição", afirma.
Silva ressalta que os movimentos populares ligados ao PT são muito ativos."Fazemos todo o tipo de cadastro possível e imaginável na área de educação, moradia. Há também cadastros feitos a partir do mandato de vereadores. Cadastramos, por exemplo, quem tem demanda por moradia. E, na época da campanha, mandamos correspondência".
No mês passado, Silva diz ter enviado correspondência a diretórios do partido, solicitando cadastros completos, com nome, endereço e CEP.
O coordenador diz que o PT consultou o Ministério Público para confirmar a legalidade de a prefeita assinar uma correspondência, pedindo votos. A resposta foi positiva, já que os custos de produção e postagem foram arcados pelo partido.


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